sábado, 23 de outubro de 2010

Pernambuco tem quatro casos confirmados da superbactéria

Publicado em 22.10.2010, às 20h04

Do JC Online

Quatro casos da superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na tarde desta sexta-feira (22). As ocorrências foram registradas em dois hospitais do Recife, sendo um privado em um público. Três pacientes estão internados em UTI, porém com sinais vitais estáveis, enquanto outro teve alta da Terapia Intensiva e se recupera em um quarto isolado do hospital.

A SES não divulgou o nome das unidades de saúde para evitar pânico entre os pacientes. O único caso registrado anteriormente no Recife é datado de 2005, mas não foi oficialmente contabilizado. Conforme orientação da Anvisa, todos estão isolados e sendo tratados por equipe exclusiva, reduzindo ao máximo o risco de transmissão.

Dos casos, três estão em uma unidade privada. São três homens, com idade de 46, 75 e 80 anos. Os três casos são pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Dois estão na UTI da unidade e desenvolveram a infecção. O terceiro está apenas colonizado pela bactéria, ou seja, sem apresentar quadro infeccioso. Como seu quadro teve sensível melhora, teve alta da UTI e se recupera em apartamento exclusivo.

No hospital da rede pública, foi confirmado um caso em um homem de 64 anos. Ele deu entrada na UTI da unidade em 15 de setembro, também com quadro de AVC, apresentando sequelas neurológicas. O paciente desenvolveu infecção, nas vias respiratórias, mas se recupera bem e não respira mais com a ajuda de aparelhos de ventilação mecânica.

Os resultados foram obtidos através de coleta (swab) de fezes e urina dos pacientes. As análises foram feitas nos laboratórios de análises clínicas das unidades em que os pacientes estão internados. Todos os quatro pacientes estão sendo tratados com antibióticos de última geração, dentro do protocolo médico indicado.

Esses são os primeiros casos oficialmente confirmados de KPC no Estado. Como citado anteriormente, houve um caso em 2005, em um hospital privado, porém ele não foi notificado às autoridades sanitárias de Pernambuco. Seu conhecimento se deu através de um artigo científico.

A notificação e o controle da infecção hospitalar ocorre no Estado desde 2007, com a implantação da Rede Estadual de Monitoramento da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde – Rede RM. A partir desse momento, a Apevisa, juntamente com as Comissões de Controle da Infecção Intra-Hospitalar (CCIHs), implementou um plano de vigilância nas UTIs, para notificação dos casos com agilidade, e capacitação dos profissionais de saúde para as medidas de prevenção.

Entre as principais orientações, estão a de higienização das mãos; utilização, por parte dos profissionais, de luvas e capotes exclusivos para o paciente; desinfecção terminal e sistemática do ambiente; realização periódica de exames para análise do quadro clínico e isolamento do leito. Essas orientações estão contidas no Manual de investigação e Controle de bactérias Multirresistentes, elaborado pela Anvisa e divulgado entre os profissionais de saúde de Pernambuco.

BACTÉRIA – A KPC se enquadra dentro de um grupo de microorganismos que se desenvolvem dentro do ambiente hospitalar, especialmente as UTIs - no caso dos quatro pacientes, todos passaram mais de um mês em cuidados de Terapia Intensiva. O uso de antibióticos potentes faz com que essas bactérias desenvolvam a resistência aos medicamentos.

Há duas formas de o paciente desenvolver a bactéria: dentro do próprio organismo (contágio endógeno) ou através de através das mãos dos profissionais de saúde, além de materiais contaminados (transmissão exógena). A SES orienta os hospitais a, em casos suspeitos, notificar imediatamente a Coordenação Estadual de Controle de Infecção, para que as medidas de prevenção sejam adotadas com maior eficiência.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ANS abre consulta para mudança de planos de saúde

Por Agência Brasil

22/10/2010 Uma das sugestões é reduzir para um ano o tempo de permanência mínima no plano de origem antes de solicitar a portabilidade

Nos próximos 30 dias a população pode contribuir com sugestões sobre mudanças das regras dos planos de saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu na última quinta-feira (20) uma consulta pública sobre a ampliação das regras para a portabilidade de carências nos planos.

A possibilidade de mudar de empresa levando consigo as carências já cumpridas está valendo desde abril de 2009, mas a ANS propõe nova regulamentação que pode facilitar a vida do segurado de planos de saúde. Uma das sugestões é reduzir para um ano o tempo de permanência mínima no plano de origem antes de solicitar a portabilidade. Isto, no entanto, valeria apenas depois da segunda mudança de plano. Até lá valeriam os prazos mínimos atuais, de dois ou três anos, dependendo do caso.

ANS também propõe ampliar o prazo dentro do qual o segurado pode solicitar a transferência sem carência. Ele passaria de dois para quatro meses, contados a partir do aniversário do contrato com o plano.

A portabilidade também pode passar a valer para beneficiários de planos coletivos que queiram passar para planos individuais, além de beneficiários de planos que tiverem a transferência de carteira compulsória decretada pela ANS, mas que não encontrarem interessadas em absorver seus beneficiários.

Quem desejar participar da audiência pública poderá encaminhar suas propostas e sugestões para ANS no site ou por meio de carta para o endereço: Rua Augusto Severo, n° 84, 12° andar, Glória, Rio de Janeiro (RJ), com indicação do assunto Consulta Pública n° 341 - Extensão da Portabilidade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC)

Logo

APRESENTAÇÃO

O PVCC visa a sensibilizar os contabilistas sobre a importância das ações de voluntariado para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

A Classe Contábil disponibilizará seus conhecimentos em ações sociais de voluntariado organizado, registrando, mensurando e avaliando os resultados de todas as atividades voluntárias empreendidas pelos profissionais da contabilidade.

VALORES E PRINCÍPIOS

  • Cidadania;
  • Solidariedade;
  • Ética Profissional;
  • Transparência;
  • Sustentabilidade.

OBJETIVO GERAL

Estimular a prática cidadã e o espírito de responsabilidade social entre os profissionais da contabilidade por meio da difusão do voluntariado organizado, incentivando-os a comprometerem-se com questões sociais relevantes para o País.


PROJETOS INSTITUCIONAIS

O PVCC tem cinco projetos institucionais:

1) Gestão Eficiente da Merenda Escolar;

2) Assistência a Organizações da Sociedade Civil (OSCs);

3) Mobilização Social Para Doações ao Funcriança;

4) Rede Nacional de Cidadania Fiscal;

5) Ações Localizadas de Voluntariado em Políticas Sociais e Comunitárias

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ANS estabelece normas para atendimento

Por Saúde Business Web

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fez uma pesquisa para descobrir o tempo que os beneficiários dos planos de saúde levam para conseguir agendar consultas, exames e cirurgia. O objetivo era verificar se o tempo gasto é considerável, a fim de definir os prazos máximos para o atendimento. A pesquisa foi realizada com as operadoras de plano de saúde e odontológico.

As normas definitivas estabelecidas pela ANS sobre o assunto serão publicadas nos próximos dias na Instrução Normativa. Os prazos máximos definidos são baseados na expectativa de atendimento que, quando não correspondida pode acarretar problemas assistências nas operadoras.

A ANS encaminhou um ofício sobre a pesquisa para 1.162 operadoras, mas como foi feita de forma voluntária apenas 840 participaram. Sendo estas, responsáveis por atender mais de 42 milhões de pessoas. O expert Henrique Shinomata do Saúde Business Web apresenta a baixo lista dos procedimentos selecionados para a pesquisa.

- Cirurgias eletivas sem implantes;

- Cirurgias eletivas com implantes (órteses, próteses e materiais especiais).

- Consultas em clínicas básicas (médica, cirúrgica, ginecologia e obstetrícia, pediatria, ortopedia e traumatologia);

- Consultas em outras especialidades;

- Exames básicos (hemograma, glicose, uréia, creatinina, eletrólitos, radiografias e ultrassonografias simples);

- Exames de maior complexidade;

Antes de comentar o assunto é preciso lembrar que existem alguns fatores a serem considerados. Em primeiro lugar, não existe um contrato entre as operadoras e os prestadores estabelecendo essa periodicidade; segundo, o mesmo médico é credenciado em vários planos de saúde, e prioriza os planos que são mais parceiros com a remuneração justa, sem atrasos no pagamento nem glosas indevidas.

Sendo assim, a ANS está no rumo correto criando um ciclo virtuoso: protegendo o paciente para que seja atendido no menor prazo possível estimulando, assim, as operadoras a melhorarem a tabela de remuneração médica, e incentivando a classe médica a atender a saúde suplementar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

TUSS gera dúvidas para hospitais e operadoras.

Softwares de gestão em saúde não estão totalmente prontos para operar o novo modelo

Vence no próximo dia 15 de outubro o prazo para que hospitais e operadoras adotem a Terminologia Unificada em Saúde Suplementar (TUSS) como nova codificação para a remuneração de procedimentos médicos. No entanto, hospitais, operadoras e empresas de software ainda não chegaram à um consenso para colocar em prática a regulamentação imposta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Conforme a Instrução Normativa n.º 34, de 13 de fevereiro de 2009, e acordo firmado com a ANS, cabe a Associação Médica Brasileira (AMB) elaborar a terminologia relacionada aos procedimentos médicos e a responsabilidade pela indicação das inclusões, com seus respectivos códigos e descrições nos modelos estabelecidos. No entanto, a TUSS não aborda totalmente as codificações estabelecidas pela AMB. "Nossa maior preocupação é a transição, dia 15 de outubro para que o hospital continue faturando e emitindo corretamente a documentação e os convênios continuem entendendo essa linguagem", explica o gestor de TI do Hospital e Maternidade Brasil, Márcio do Lago.

Outro obstáculo encontrado pelos hospitais é a forma de como os softwares de gestão irão emitir os formulários de remuneração uma vez que a atual tabela ainda não é compatível com o TUSS. Lagos acrescenta que o modelo adotado pela antiga tabela da AMB era dividida por especialidades médicas e as novas terminologias serão baseada na estrutura da anatomia humana. "Devido as diferenças entre os modelos de codificação, o que poderá ocorrer é a criação de vários códigos TUSS baseados nas terminologias AMB e o contrário também". Outro detalhe destacado devido diferenças entre AMB e TUSS foi o impacto na precificação dos procedimentos que não poderão sofrer alterações.

Baseados na antiga tabela de procedimentos, AMB, os softwares que já estão adaptados ao TUSS geram as mesmas codificações para diversos procedimentos que continham códigos diferentes na AMB o que não diferencia a remuneração de cada procedimento médico corretamente.

O gerente de TI corporativo do Hospital e Maternidade São Camilo, Carlos Torigoe, destaca que um dos maiores problemas trazidos pelo novo modelo foi a falta de clareza da ANS em passar instruções sobre a vigência do processo. "Se as contas anteriores ao dia 15 de outubro forem emitidas após a data estipulada pela ANS qual codificação devemos usar? Para este tipo de problema nós e muitos outros hospitais, ainda não estamos prontos", completa. Por Guilherme Batimarchi 01/10/2010.

Cirurgiões cardiovasculares negociam reajuste da tabela do SUS com o Ministério da Saúde

Médicos do Rio de Janeiro intensificaram o movimento para pressionar o governo a atender a reivindicação

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular espera estabelecer logo um acordo com o Ministério da Saúde sobre o reajuste do percentual dos procedimentos feitos pela categoria por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o presidente da entidade, Gilberto Venossi, pela primeira vez, as negociações "foram conduzidas de maneira profissional". Enquanto esperam pela conclusão das tratativas, cirurgiões de alguns estados estão mobilizados para pressionar as autoridades a aumentar o valor da tabela do SUS pelos seus serviços. No Rio de Janeiro, por exemplo, eles querem que o governo estadual atenda à reivindicação.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, está otimista em relação ao desfecho da negociação. "Não vamos nos desgastar. Está faltando pouco. Ambas as partes [ministério e cirurgiões] fizeram muitos esforços. Queremos atender o povo com melhor qualidade. Não queremos mais listas de espera", disse Venossi. Durante esta semana, três pessoas com cardiopatia morreram em Goiânia enquanto aguardavam cirurgias. A entidade lamentou as mortes ocorridas na capital de Goiás.

No Rio de Janeiro, os cirurgiões cardiovasculares intensificaram o movimento para pressionar o governo a atender a reivindicação. Eles anunciaram que vão suspender as operações a partir de 28 de outubro, caso a tabela do SUS não seja revisada. A categoria quer, por exemplo, que o valor do implante de uma ponte de safena passe de R$ 940 para R$ 6,5 mil. Hoje, informam, os planos de saúde pagam entre R$ 13,6 mil e R$ 18 mil pelo procedimento.

Durante inauguração de uma Clínica da Família, na zona oeste do Rio, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, enfatizou que a negociação está sendo conduzida pelo Ministério da Saúde, onde um grupo de trabalho está estudando a revisão da tabela.

Côrtes afirmou que, no momento, não há possibilidade de a secretaria complementar a quantia, como prevê o SUS. "Temos que pensar em todo o investimento na área de saúde. Não podemos pensar especificamente em uma especialidade. Temos que ver investimentos na área de neurocirurgia, de ortopedia e, principalmente, na prevenção dessas doenças."

No entanto, o presidente da Cooperativa Fluminense, Ronald Peixoto, quer retomar a negociação com o estado. Segundo ele, sem a retomada das tratativas, a categoria "não vai continuar pagando para trabalhar". "Não somos empregados do estado e nem de lugar nenhum. Somos profissionais liberais e não vamos atender mais. Demos 90 dias para alguém vir conversar conosco e a situação ainda não foi resolvida."

A situação no Rio é semelhante à de outros estados. Em São Paulo, os médicos começam a se organizar em uma cooperativa para pressionar o governo e os planos a pagar melhor pelos procedimentos cirúrgicos cardiovasculares. Na Bahia, o Ministério Público Federal está intermediando as negociações.

Na avaliação da Cooperativa Fluminense, a situação pode ser resolvida com um acordo nos moldes do que foi fechado no Espírito Santo. Lá, os cirurgiões cardiovasculares conseguiram fazer com que o valor do procedimento passasse para R$ 6,5 mil. Além disso, houve aumento de repasses para as equipes médicas e para os hospitais que fazem as cirurgias. "Queremos alguma coisa parecida", disse Peixoto. (Por Agência Brasil 27/09/2010).