terça-feira, 24 de abril de 2012

Paralisação dos médicos no dia 25 de Abril.



Os usuários de planos de saúde devem ficar atentos ao calendário. Os médicos decidiram fazer uma paralisação de advertência no próximo dia 25 pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Honorários Médicos (CBHPM). O protesto é nacional, mas cada estado define a forma de mobilização. Em Pernambuco serão suspensos os atendimentos eletivos de todas as especialidades médicas das operadoras que não reajustaram os honorários. Inclui os consultórios, clínicas médicas, laboratórios, clínicas de imagem e Raio X. Ficam mantidos os atendimentos nas emergências, os serviços de quimioterapia, hemodiálise e hemoterapia.

 
Sr. Mário Fernando Lins.
Presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos









Os médicos reivindicam o pagamento dos honorários pela CBHPM plena de 2010. Pelo valor da tabela a consulta médica custa R$ 60 e deverá chegar ao valor de R$ 80 no final do ano. Segundo Mário Lins, presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos, a maioria das empresas pratica a tabela própria e paga entre R$ 42 e R$ 48 por consulta com a volta de 30 dias. “Faremos uma paralisação seletiva só com os planos de saúde que não adotarem a atualização da CBHPM”, pontua. Os médicos serão orientados a remarcar as consultas do dia 25 de abril.

De acordo com Lins, as empresas de autogetão (Unidas/Gremes) já pagam a CBHPM aos médicos credenciados. As operadoras de medicina de grupo e as seguradoras não adotam a tabela atualizada. Ele acrescenta que até o momento uma empresa de medicina de grupo (Viva Sáude) encaminhou proposta de implantação da CBHPM com redutor retroativa a 1º de abril. Os médicos vão analisar a proposta na assembléia da próxima quinta-feira. Eles vão anunciar também a lista dos planos de saúde que serão alvo da paralisação.

As empresas de medicina de grupo concentram 45% do total de 1,6 milhão de usuários cobertos pela saúde suplementar em Pernambuco. Os demais estão distribuidos entre as empresas de autogestão, cooperativas médicas e seguradoras. Flávio Wanderley, presidente regional da Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge), argumenta que existem operadoras de grande, médio e pequeno portes e nem todas podem pagar a CBHPM.

Ele propõe que a discussão sobre reajuste de honorários dos médicos seja levada para o Fórum Estadual de Saúde Suplementar, instância que reúne todos os segmentos do setor. “Estamos abertos para negociar no Fórum, mas não através da imposição à força de um valor.” Segundo Wanderley, as operadoras de medicina de grupo não fecharam uma proposta de reajuste para apresentar aos médicos credenciados.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que, independente da paralisação dos médicos, as operadoras devem garantir as coberturas aos seus usuários.

Fonte: Pernambuco.com

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