quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Faculdade Marista sedia Conferência sobre o projeto Hanium 2012

O projeto Hanium, uma parceria entre o Governo da Coreia do Sul e o CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), reuniu, no dia 12 de dezembro, os seus participantes para uma conferência na Faculdade Marista Recife.

Focado no desenvolvimento de projetos em tecnologia da informação, tem a participação de 10 estudantes e 02 docentes do curso de Sistemas para Internet da faculdade. Participam também 15 estudantes e 05 docentes da Faculdade dos Guararapes - Rede Laureate, dos cursos de Ciêcnias da Computação e também do curso de Gestão em Técnologia da informação. No encontro, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar os projetos aos representantes da Federação de Indústrias da Coreia (FKI), do governo da Coreia do Sul.


Foi sem sombra de dúvidas um momento ímpar, como integrante de duas das equipes, pude observar que o projeto contribuiu para que os estudantes possam interagir com novas plataformas ampliando  conhecimento. Outro fator primordial é a parceria do CESAR-Edu.



O projeto Hanium tem sua importância no momento que realiza a ligação entre o conhecimento formecido em sala de aula e o desafio imposto pelo mercado de trabalho. Maiores informações no link:  br.hanium.net.

Por Daniel Carlos Nunes.

Para Amil, TI é fator crítico de sucesso

Com a TI subordinada diretamente ao Chairmam, o CIO da Amil, Telmo Ferreira Pereira, é também diretor estatutário, com participação em reuniões estratégicas e do conselho. O resultado não poderia ser diferente: projetos e ações tecnologicamente inovadoras. “A Amil sempre investiu e acreditou na importância de TI como fator crítico de sucesso, agregando valor aos seus produtos, clientes, prestadores médicos e canal de vendas”, avalia Pereira.

Um bom exemplo é o programa e-Mobile, que tem o objetivo de descrever o desenvolvimento de um conjunto de aplicativos móveis em dispositivos da Apple para os beneficiários, corretores e médicos. A partir de um planejamento contemplando funcionalidades, usabilidade e segurança, três aplicativos foram construídos utilizando framework baseado em práticas como Java Open Source, VRaptor, Hibernate e Scrum.

Baseado na estratégia que direciona a área de tecnologia da companhia – que qualquer um de seus públicos só deve se deslocar até uma de suas unidades em caso de necessidade de um ato médico, o projeto foi criado em 2010 e contribuiu para o aumento da maturidade no desenvolvimento de aplicativos móveis, demonstrando a importância do tema no contexto do setor de saúde das organizações brasileiras.“Focamos na entrega, e, em média, levamos quatro meses para desenvolver cada um dos aplicativos, que foram separados por categoria. Naquele momento estávamos mudando nosso sistema corporativo, que também foi dividido, e seguimos as mesmas etapas, com foco na nossa cadeia, que é onde surgem contratos e vendas”, conta o líder de projetos da Amil, Daniel Kamakura.

Para a criação dos aplicativos, a Amil fez uma pesquisa com a equipe de teleatendimento para entender as necessidades e demandas vindas de seus usuários e colaboradores. Fato que resultou em atividades especificas para cada público como: acompanhamento de solicitação de guias e contratos; extrato de pagamentos e bula de medicamentos; entre outros.De acordo com o executivo, os aplicativos foram construídos e disponibilizados com sucesso, tendo níveis de utilização bastante significativos por seus públicos. Até o momento, cerca de 40 mil downloads foram feitos por beneficiários, 11 mil por credenciados e 2 mil por corretores.

Impactos e desafios 

O principal desafio do projeto e-Mobile refere-se ao conjunto de tecnologias consideradas extremamente inovadoras e a necessidade do time em aprender novas linguagens e framework.Já os impactos foram: mais um canal de comunicação com os parceiros, acompanhamento de status de propostas, reembolso, extratos de pagamentos, evitando ligações no teleatendimento, possível substituição das carteirinhas físicas pela carteirinha digital para os usuários dos aplicativos, possível substituição de materiais impressos para os usuários dos aplicativos e inovação.“O mundo é móvel, o mundo é digital. Temos que dar acesso universal para todos que fazem parte do nosso ecossistema. Estamos trabalhando fortemente para cada vez mais disponibilizarmos acessos multicanal para nossos clientes, fornecedores, canal de vendas e colaboradores. Nosso desafio é permitir a escolha de como nossos clientes desejam fazer contato conosco”, diz.

Decisões estratégicas 

Para o CIO Telmo Pereira, a TI sempre participou das decisões estratégicas desde a fundação da companhia, pois os gestores da Amil entendem que a área é a ferramenta que possibilita a criação de novos produtos, aumento de produtividade e escala, com padronizações e visões nacionais. “Nem tudo é TI, mas TI está em tudo”, considera.Assim, os recursos tecnológicos são de responsabilidade do CIO e sua equipe e a garantia das disponibilidades das informações da Amil é responsabilidade dos três diretores estatutários: CIO, CFO e RI.

“A TI possui uma equipe de BI que faz toda a apuração e consolidação das informações, dando suporte a estas duas áreas da empresa na preparação final das divulgações de nossos resultados para o mercado. Como nossa empresa é de capital aberto, possuímos um site da Amilpar com as informações econômicas, financeiras, contábeis e nossos planos de ações para os diversos segmentos que atuamos”, revela Pereira.

Previsão

De acordo relatório de previsões do instituto Gartner Group, Gartner’s Top Predictions for IT Organizations and Users, 2011, até 2014 em torno de 90% das organizações irão apoiar aplicações corporativas em dispositivos móveis e, até 2013, em torno de 80% terão força de trabalho utilizando tablets para transações de negócio.“No roadmap futuro para o projeto, pretendemos incorporar mais funcionalidades e mais públicos, bem como revisar a arquitetura de desenvolvimento, utilizando padrão PhoneGap para habilitar o reuso das  aplicações para sistemas operacionais IOS (Apple) e Android (Google)”, conclui o CIO. Por Thaia Duó.
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Hospital Paulistano investe em tablets para administrar remédios à beira leito

Próximo passo é usar o dispositivo para evoluir os pacientes

Há cerca de um ano o Hospital Paulistano, na capital de São Paulo, focado nos padrões da Joint Commission Internation em garantir a administração correta dos medicamentos dentro da instituição, optou por adquirir tablets para gerir o uso e preparação de remédios à beira leito.

Mesmo com um controle de rastreamento já adotado, a instituição ainda não confiava 100% de sucesso, fato que a levou para o caminho da mobilidade. “Garantir o medicamento certo, para o paciente certo, na hora certa não é fácil. Devemos fazer o máximo para evitar erros, que são bem possíveis de acontecer e a solução móvel propicia uma garantia, pois o medicamento é preparado dentro do quarto, com a prescrição móvel já inserida no tablet”, explica Roneide Cursino, gerente administrativo e financeiro do Hospital Paulistano.

De acordo com a executiva, o código de barras, tanto da pulseira do doente quanto do remédio, também é conferido no próprio dispositivo móvel. E somente após conferencia o uso da medicação é liberado.

O grande objetivo aqui é garantir maior segurança e qualidade ao paciente, que normalmente tem o medicamento preparado longe de seus olhos, no posto de enfermagem. “A diferença é que tudo é feito na frente do paciente e com a verificação eletrônica do processo”, avalia.

Antes de decidir pelo uso de tablets, o Hospital Paulistano testou outras soluções possíveis de evitar erros. Foram avaliadas ferramentas como um desktop em cada leito; e notebooks, com experimento na mão de enfermeiros e em carrinhos de corredor. Destas, Roneide destaca o motivo da escolha: “Chegamos ao tablet pela facilidade e praticidade, por ser menor, ocupar menos espaço, ser leve de carregar e, principalmente, pela aprovação dos próprios colaboradores.”

O aparelho


É claro que os tablets adquiridos não são comuns se comparados aos de uso pessoal. O aparelho tem certa resistência considerável. Não sofrerá danos com uma simples queda, nem apresentará problemas na parte elétrica eletrônica se a sua tela entrar em contato com líquidos.

“Tudo foi testado e aprovado pelo hospital. Além disso, passamos por um período de adaptação não só do hardware, mas também da infraestrutura do hospital”, diz a executiva, referindo-se à rede Wi-Fi com velocidade necessária para trafegar todos os dados precisos. 

Hoje o projeto está na etapa final, com previsão de conclusão para novembro deste ano. O hospital faz quase 100% uso do tablet, o último setor a contar com a mobilidade é o Pronto Socorro. “Por ser em Box [a área do PS] e considerado um espaço bastante cheio, com maior concentração de pessoas, especificamente aqui adotamos o All in One, que acaba fazendo o mesmo trabalho do tablet. A diferença é que fica fixo dentro de cada um dos Boxes”, conta.

Próximo passo

Assim que o projeto ser finalizado no Paulistano, a ideia é entrar, ainda este ano, com o mesmo conceito no Hospital Vitória. Para Roneide, essa realidade também será implantada no próximo ano em outras duas unidades: Alvorada Moema e Total Core.

“Vamos trabalhar para que os médicos, no futuro, utilizem tablets não apenas para administração de medicamentos, mas também para fazer uma prescrição, evolução de um paciente, entre outras atividades que facilitem seu dia a dia”.

E ainda, com um ano de experiência a executiva acredita evoluir bastante no uso do dispositivo, passando a abranger a evolução médica.

“Tecnologia sempre vai ao inicio de tudo esbarrar em uma coisa normal do ser humano, que é a resistência. Toda novidade envolve mudança cultural, resistência natural e comum. Por isso, investimos bastante em treinamento e procuramos mostrar o ganho que os usuários teriam”, diz Roneide.

Hoje nas auditorias, o Paulistano tem adesão de mais de 90%, sem opção de papel. Por Thaia Duó | Revista FH

Mobilidade nos hospitais: da implementação aos deafios e riscos

A mobilidade complementa a relação médico-paciente, otimizando-a em diversos casos, mas jamais em detrimento da qualidade do atendimento.

O projeto Saúde Business School, da revista FH (antiga Fornecedores Hospitalares), de 2012, aborda o tema: Tecnologia da Informação em Saúde. A iniciativa busca auxiliar as instituições do setor em sua gestão. Ainda que exista literatura sobre o tema, a nossa função é construir um manual prático para a geração de um ambiente de tecnologia hospitalar mais seguro, que auxilie e oriente às equipes na organização de seus departamentos de TI e na interação da tecologia da informação com os stakeholders.

 Em cada edição da revista FH contém um capítulo sobre o assunto, escrito em parceria com médicos, professores, consultores e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo para os leitores. Depois da circulação da revista, o Saúde Web disponibilizará, gradualmente, os conteúdos.
No mês de novembro, o capítulo foi sobre: mobilidades nos hospitais 

Introdução

1.1. Visão Geral

Esta é uma introdução à mobilidade em Saúde. Por ser um assunto amplo, serão destacadas as principais aplicações, benefícios e riscos na adoção deste tipo de tecnologia.

A mobilidade em Saúde ou M-Health, como é chamado em inglês, é a prática da Medicina ou da Saúde Pública com a utilização das telecomunicações, da utilização de dispositivos móveis tais como smartphones (celulares inteligentes), PDA (Assistente Digital Pessoal), tablets, notebooks ou netbooks ou, mais especificamente, coletores de dados e monitores.

Desta forma, a mobilidade implica em uma plataforma tecnológica rápida, robusta e confiável para transmissão de dados, imagens e voz, com o objetivo de dar resposta aos desafios da saúde, tais como acessibilidade, qualidade, velocidade e otimização de custos.

Quando começou a ser discutida de forma mais estruturada no início da década passada, o conceito de mobilidade na Saúde estava focado na telemedicina, que buscava aproveitar o avanço nas telecomunicações com o objetivo de comunicar médicos e pacientes separados fisicamente.
Esta plataforma poderia apoiar desde o diagnóstico até uma intervenção cirúrgica, passando pelo tratamento e acompanhamento do paciente, porém, com o rápido avanço das diversas tecnologias, este conceito se expandiu para o uso de qualquer recurso tecnologia móvel que possa apoiar a Saúde.

Nunca é demais lembrar que o objetivo principal de qualquer iniciativa no setor da Saúde é a melhoria do acesso e da qualidade dos serviços e, no caso de mobilidade não é diferente. Graças à enorme dimensão dos serviços de Saúde, desde a prevenção até o tratamento de pacientes crônicos, diversas soluções tecnológicas para mobilidade vêm surgindo como resposta.

Por exemplo, o uso de smartphones (celulares inteligentes) por equipes de Atenção Primária para oferecer serviços a comunidades, leva a atenção continuada à Saúde diretamente aonde as pessoas vivem e facilita o acesso ao sistema de Saúde, além de possibilitar a manutenção das informações dos cidadãos.

A mobilidade complementa a relação médico-paciente, otimizando-a em diversos casos, mas jamais em detrimento da qualidade do atendimento. Além disso, possibilita uma maior proximidade do sistema de saúde com os cidadãos.

Este é um dos casos que evidencia como, com telefones celulares, a saúde móvel encontra uma plataforma viável. No caso do Brasil, o enorme crescimento do número de linhas de celulares vendidas representa uma boa oportunidade (…). Por Gustavo De Martini | especial para a revista FH
 

Saiba como contratar e reter líderes na Saúde

Em debate realizado pela IT Mídia, executivos concluem que para se ter sucesso na contratação é preciso ter claros a missão e valores da empresa. Além disso, investir em treinamento também é aspecto importante.

Os desafios da mão de obra na saúde são os mesmos em toda a cadeia, seja para contratar, reter ou capacitar as lideranças tanto da área administrativa quanto assistencial. Em debate realizado pela IT Mídia na manhã desta terça-feira (18), conclui-se que é preciso ter a missão da empresa bem definida para então buscar o profissional adequado.

De acordo com o debatedor Luis Vitor Salomão, sócio proprietário do Laboratório Salomão & Zoppi, o valor da companhia é ponto fundamental para definir o perfil ideal do gestor que se pretende contratar. “Os processos de profissionalização quando falham é porque o talento que veio não incorporou os valores e o espírito da empresa. Por isso é importante traçar os valores e a missão da sua empresa antes de traçar o perfil do indivíduo”, aconselha.

Mais do que ter o valor da empresa como ponto fundamental para definir o perfil do gestor que se busca, é preciso entender que o profissional que teve sucesso em determinada instituição pode não ter o mesmo resultado ao assumir um cargo de liderança em outra entidade.

“A saúde é meio ingrata, porque nada lhe garante o sucesso em uma nova empresa. Por isso, o indivíduo tem que ter bom perfil e adaptá-lo ao valor da companhia. É preciso entender o funcionamento da empresa e não a empresa ter que se adaptar a ele”, considera Salomão.

Fica evidente que com a consolidação e formação de grandes grupos surge a necessidade de um caça talentos. Para Rodrigo Araújo, sócio-diretor sênior da Korn Ferry, também presente na mesa de debate, a indústria está mais atenta e capaz de desenvolver profissionais sob a óptica técnica. “Temos sido constantemente consultados para dar contribuição às instituições de saúde que vai além da formação técnica. Naturalmente acreditamos nessa capacidade de desenvolvimento das empresas, mas o grande diferencial ao pensar numa indústria em franca transformação é buscar entender quais as reais capacidades organizacionais que a indústria precisa para incorporar no seu processo no longo prazo”.

Araújo acredita que o modelo de gestão vai se transformar, porém os indicadores, os desafios de sucessão, as questões relacionadas a oportunidades que o mercado vai trazer vão continuar existindo.
“A mensagem clara é: as pessoas tem que se preocupar”, completa. Para ele, três dimensões importantes são chaves para ter sucesso num cenário que não se conhece: a capacidade de lidar com as suas incertezas; gestão de conflitos, no sentido de ideologias, visões e conceitos de compreensão do mundo; capacidade de se colocar na posição de um terceiro. “A área de saúde é um prato cheio nessas três dimensões, que serão muito demandantes”, diz.

O Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, é uma das entidades que tem o apoio de consultorias.  Fabio Patrus Mundim Pena, superintendente de gestão de pessoas da instituição, diz ter separado alguns grupos para usar este tipo de serviço.  Quando a vaga é assistencial para função júnior o processo de recrutamento é realizado internamente por meio de competências claras. Já nas vagas mais seniores, como a de um diretor médico, o hospital ainda adota a prática de indicação.

“Embora ainda tenhamos esse hábito para funções mais importantes, reconheço que esse processo está mudando. As consultorias ajudam bastante, tem uma visão de mercado que a gente não tem. Às vezes pode valer a pena deixar de comprar na primeira loja”, ironiza Pena.

Ponto acadêmico 

“Rede é a palavra”. É com essa afirmação que  a debatedora e coordenadora do curso de especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde da FGV, Libânia Paes, guia o seu discurso.

A questão de indicação profissional tem seguido um novo rumo, de acordo com ela. “Hoje o que as empresas procuram não é o profissional indicado em si, mas as pessoas que ele se relaciona. Ou seja, quando a companhia busca consultoria de caça talentos ela está comprando a rede de contatos”, pontua.

Para Libânia, a prática de indicação está se digitalizando, pois multinacionais passaram a contratar através de redes profissionais como Linkedin, por exemplo.

“Também temos o outro lado. Um monte de técnicos busca o curso da FGV para migrar para o lado administrativo. Tem oferta e profissionais, mas falta uma ponte de acesso que resulta na falha de encontrar líderes capacitados”, conta. Segundo ela, muitos profissionais na área assistencial tentam tal migração, mas não sabem como fazer e optam por cursos de gestão. “Mas a ponte não pode ser só acadêmica. Talvez falte programa de trainee sênior para quem está na área assistencial há muito tempo e quer saber como migrar para gestão”, sugere.

O futuro da mão de obra qualificada não pode ser diferente, conforme aponta Camila Malosso Quintana Torres, gerente geral da Unimed Coop. Central de Bens e Serviços: “Não tem escapatória, todo mundo vai ter que se especializar. Isso é regra de mercado de qualquer área. Essa questão de que eu contrato porque eu conheço tem uma tendência forte de diminuir e de se privilegiar os profissionais com perfil de competências comportamentais em detrimento das competências técnicas.” Por Thaia Duó.