Próximo passo é usar o dispositivo para evoluir os pacientes
Há cerca de um ano o Hospital Paulistano, na capital de São Paulo,
focado nos padrões da Joint Commission Internation em garantir a
administração correta dos medicamentos dentro da instituição, optou por
adquirir tablets para gerir o uso e preparação de remédios à beira
leito.
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De acordo com a executiva, o código de barras, tanto da pulseira do
doente quanto do remédio, também é conferido no próprio dispositivo
móvel. E somente após conferencia o uso da medicação é liberado.
O grande objetivo aqui é garantir maior segurança e qualidade ao
paciente, que normalmente tem o medicamento preparado longe de seus
olhos, no posto de enfermagem. “A diferença é que tudo é feito na frente
do paciente e com a verificação eletrônica do processo”, avalia.
Antes de decidir pelo uso de tablets, o Hospital Paulistano testou
outras soluções possíveis de evitar erros. Foram avaliadas ferramentas
como um desktop em cada leito; e notebooks, com experimento na mão de
enfermeiros e em carrinhos de corredor. Destas, Roneide destaca o motivo
da escolha: “Chegamos ao tablet pela facilidade e praticidade, por ser
menor, ocupar menos espaço, ser leve de carregar e, principalmente, pela
aprovação dos próprios colaboradores.”
O aparelho
É claro que os tablets adquiridos não são comuns se comparados aos de uso pessoal. O aparelho tem certa resistência considerável. Não sofrerá danos com uma simples queda, nem apresentará problemas na parte elétrica eletrônica se a sua tela entrar em contato com líquidos.
“Tudo foi testado e aprovado pelo hospital. Além disso, passamos por
um período de adaptação não só do hardware, mas também da infraestrutura
do hospital”, diz a executiva, referindo-se à rede Wi-Fi com velocidade
necessária para trafegar todos os dados precisos.
Hoje o projeto está na etapa final, com previsão de conclusão para
novembro deste ano. O hospital faz quase 100% uso do tablet, o último
setor a contar com a mobilidade é o Pronto Socorro. “Por ser em Box [a
área do PS] e considerado um espaço bastante cheio, com maior
concentração de pessoas, especificamente aqui adotamos o All in One, que
acaba fazendo o mesmo trabalho do tablet. A diferença é que fica fixo
dentro de cada um dos Boxes”, conta.
Próximo passo
Assim que o projeto ser finalizado no Paulistano, a ideia é entrar,
ainda este ano, com o mesmo conceito no Hospital Vitória. Para Roneide,
essa realidade também será implantada no próximo ano em outras duas
unidades: Alvorada Moema e Total Core.
“Vamos trabalhar para que os médicos, no futuro, utilizem tablets não
apenas para administração de medicamentos, mas também para fazer uma
prescrição, evolução de um paciente, entre outras atividades que
facilitem seu dia a dia”.
E ainda, com um ano de experiência a executiva acredita evoluir
bastante no uso do dispositivo, passando a abranger a evolução médica.
“Tecnologia sempre vai ao inicio de tudo esbarrar em uma coisa normal
do ser humano, que é a resistência. Toda novidade envolve mudança
cultural, resistência natural e comum. Por isso, investimos bastante em
treinamento e procuramos mostrar o ganho que os usuários teriam”, diz
Roneide.
Hoje nas auditorias, o Paulistano tem adesão de mais de 90%, sem opção de papel. Por Thaia Duó | Revista FH
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