terça-feira, 17 de julho de 2012

Hospitais querem trocar monitores comerciais por específicos de saúde

Apesar da maioria das instituições de saúde ainda usarem monitores comerciais, a tendência é que essa realidade mude. Veja a diferença no dianóstico entre um tipo de produto e outro.


A maioria das instituições brasileiras ainda usa monitores comerciais, mas esta realidade vem mudando, a demanda por monitores médicos para diagnóstico em radiologia e outras modalidades é crescente. 

Durante a Jornada Paulista de Radiologia (JPR) deste ano, o gerente da fabricante de monitores Barco Healthcare, Marcos Barboza, constatou que o interesse por monitores médicos aumentou em aproximadamente 60% quando comparado ao ano anterior.

No caso da Barco, os produtos de destaque foram os monitores Barco Mammo Tomosynthesis 5MP, desenvolvido especialmente para tomosíntese de mama, e a linha de monitores para diagnósticos Barco Coronis Fusion que atraíram atenção de hospitais que vão investir em PACS. 

“O mercado de saúde brasileiro e latino americano vem crescendo muito, em especial os departamentos de TI e radiologia digital e a tendência do mercado é investir cada vez mais em tecnologias para o diagnóstico por imagens que garantam um resultado diagnóstico consistente”, afirma Barboza. 

De acordo com o executivo, a adoção da tomossíntese para o diagnóstico da mama é uma tendência do mercado de diagnóstico por imagem.

Entenda as diferenças entre os monitores especializados para a medicina e os comerciais: 

Comparados aos monitores comerciais, os monitores médicos oferecem vantagens significativas para o diagnóstico por imagem devido as características como: 

• Resolução e orientação (landscape ou portrait): monitores padrões oferecem resolução limitada e configuração landscape, que não é otimizada para imagens diagnósticas. A alta resolução e a visualização em portrait ou landscape permitem que os radiologistas vejam muito mais detalhes nas imagens.

• Lunimância: monitores convencionais geralmente oferecem luminânica máxima entre 250-300cd/m2, já os monitores médicos atingem níveis de luminância de até 2000 cd/m2. Isso garante qualidade de imagem superior e aumenta a produtividade durante a leitura do diagnóstico.

• Contraste: monitores médicos oferecem contraste superior a 1000:1, substancialmente melhor do que a maioria dos monitores comerciais com contraste de apenas 300:1, e são capazes de processar mais JNDs DICOM do que os displays de baixo contraste.

• Ângulo de visão: as estações de trabalho médicas combinam múltiplos monitores, com visualização por diferentes ângulos, o que faz com que as caracteristicas de ângulo de visão no estado-da-arte sejam muito importantes. Um monitor comum não oferece essa característica, uma imagem numa tela flat pode mudar substancialmente dependendo do ângulo em que é visualizada.

• Escala de cinza: alguns monitores oferecem até 12 bits para visualização de tons de cinza, em conformidade ao padrão DICOM. Os monitores convencionais visualizam até 8 bits e não cumprem esse requisito. 

• Consistência da imagem: na visualização de imagens médicas é importante que as imagens sejam mostradas de forma consistente durante todo o tempo e em todos os monitores, em monitores comerciais, se nenhum cuidado especial for tomado, o brilho pode mudar com o tempo e dependendo da temperatura. 

• Uniformidade da luminância: todos os monitores LCD sofrem de não uniformidade da luminância, o que significa que uma imagem pode aparecer levemente diferente nos cantos em relação ao centro da tela. Alguns monitores médicos possuem uma tecnologia (ULT) que garante a uniformidade da luminância e permite que a percepção da imagem seja igual em qualquer canto da tela.

• Calibração DICOM: a maioria dos monitores convencionais não oferece luminância adequada para a visualização de imagens médicas e por isso não atendem as normas DICOM. 

• Configuração e controle da qualidade: Configuração adequada e ferramentas de controle de qualidade são recursos valiosos durante auditorias hospitalares sobre processo de controle de qualidade.

Por Verena Souza.

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