quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Rede D´Or implanta modelo Smart Track nos 32 hospitais.

O Pronto Socorro de todas as instituições do grupo vai operar com base no conceito, desenvolvido para reduzir o tempo de espera da emergência em até 70%.

 Esperar por mais de duas horas para ser atendido nos prontos socorros brasileiros não é nenhuma novidade. Para solucionar esse tipo de entrave em seus 32 hospitais, a Rede D´Or desenvolveu um novo modelo. Com investimentos em torno de R$ 50 milhões, o projeto, batizado de Smart Track, prevê um clínico geral no lugar do enfermeiro para fazer a triagem. 

Segundo informou o diretor executivo do Hospital Esperança, de Recife, até o primeiro semestre do ano que vem todos os hospitais do grupo já estarão funcionando neste modelo. A Rede D´Or possui 50% do controle do Esperança e 100% dos hospitais São Marcos e Prontolinda, ambos localizados também na capital pernambucana. 

O Esperança, por exemplo, possui seis boxes com um médico em cada para realizar o primeiro atendimento. “Eles já são examinados lá mesmo e liberados. Caso seja necessário um especialista, o paciente é direcionado para uma segunda etapa do atendimento, composta por outra equipe”, explica Loback. 

Muito Prontos Socorros brasileiros seguem o protocolo de Manchester, que organiza a triagem pelo nível de gravidade, identificado por cores. Em geral, o paciente é triado por um enfermeiro, volta para a recepção e espera o especialista chamar. Cerca de 80% da demanda emergencial são solucionadas no ambulatório mesmo. 

“Esse modelo muda completamente a filosofia de atendimento de emergência, reduzindo a média do tempo de espera que é de duas horas para 15 minutos”, ressalta o diretor do Esperança, que experimenta o novo conceito há pouco mais de dois meses. Os outros dois hospitais de Recide Loback conta que a iniciativa foi baseada no modelo lean manufacturing, aplicado em fábricas com o objetivo de reduzir sete tipos de desperdícios: super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.

Loback enfatiza que os doentes mais graves continuam entrando de forma direta, sem espera. 

A unidade Anália Franco da Rede D´Or São Luiz, localizado na Zona Leste de São Paulo, foi o primeiro a utilizar o modelo e, após 30 dias, o tempo máximo de espera para o primeiro atendimento a pacientes de menor gravidade nos horários de picos caiu para menos de 50 minutos, quando o tempo indicado é de até 1h30. 

O tempo de espera também ficou menor nas unidades do Itaim e Morumbi. 

O conceito do Smart Track foi baseado no modelo lean manufacturing, utilizado por muitas fábricas com objetivo de reduzir sete tipos de desperdícios: super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.

A satisfação dos pacientes é o grande benefício decorrente do Smart Track, pois o custo da infraestrutura de atendimento acaba sendo mais alto. “Aumenta cerca de 10% o quadro de funcionários na emergência”, conta o diretor.
 
Por:  Verena Souza

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