quarta-feira, 25 de julho de 2012

Greve da Anvisa prejudica brasileiros, diz Interfarma

De acordo com a entidade, se não houver uma solução imediata, poderá ocorrer desabastecimento de medicamentos, especialmente daqueles produtos que não possuem similares ou genéricos no mercado brasileiro.
 
A Interfarma manifesta sua preocupação com a extensão da greve dos funcionários da Anvisa para a sede da Agência em Brasília

Parecer na íntegra:

As empresas começaram a sentir o impacto do movimento a partir da paralisação dos servidores dos portos e aeroportos, o que vem dificultando a liberação de medicamentos dentro da chamada operação padrão. Se não houver uma solução imediata, poderá ocorrer desabastecimento de medicamentos, especialmente daqueles produtos que não possuem similares ou genéricos no mercado brasileiro.

Além disso, prejuízos significativos poderão ser constatados pela falta de insumos necessários para a produção nacional de medicamentos e com a retenção de matéria-prima destinada à pesquisa clínica no Brasil.

O movimento nos portos e aeroportos que restringe a liberação de produtos acabados, semi-acabados e matéria-prima poderá também afetar outros países que importam do Brasil.

A adesão à greve pelos servidores de Brasília nesta, segunda-feira (16/7), impacta ainda mais a indústria farmacêutica, pois atinge áreas essenciais como a Uniap (Unidade de Gestão do Atendimento e Protocolo), que cuida dos protocolos e distribuição de processos internos; Gerência Geral de Medicamentos, responsável pelo registro de produtos e Gerência de Inspeção, encarregada da liberação sanitária para a produção de remédios no mercado.

A Interfarma espera por um desfecho rápido da situação uma vez que os maiores prejudicados são os brasileiros e pacientes que necessitam desses medicamentos e produtos.

Interfarma
Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa
 
Por: Saúde Web.

Indústria forma entidade para inovação de tecnologias médicas

Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde tem como premissas: regulação inteligente, certificação de boas práticas, incorporação racional de ferramentas e redução do Custo Brasil.
O Brasil enfrenta atualmente um apagão tecnológico e uma dos fatores responsáveis por isso é a dificuldade de entrada de novos produtos no país. No intuito de tentar resolver esses e outros problemas, a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médicos-Hospitalares (Abimed), a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi) e a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) formaram a ABIIS, Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde.

O presidente da aliança, Carlos Eduardo Gouvêa, explica que essa parceria é uma união de três entidades representativas do segmento de produtos e equipamentos médico-hospitalares e de diagnóstico in vitro. “Cada uma destas entidades possuía um interlocutor diferente com a Anvisa e vimos que o Congresso acabava confundindo produtos para saúde com medicamentos. Nossa meta é frisar a relevância de um setor relevante, mas ainda desconhecido”.

Juntas, as associações somam cerca de 400 empresas atuantes na produção, importação, exportação e distribuição de produtos e equipamentos médicos para diagnóstico, prevenção e tratamento em saúde. E possuem propostas de atuar em quatro áreas de principais:

Regulação inteligente: O executivo conta que atualmente existe um problema que mata muito negócios antes mesmo de começarem: a burocracia. “Nossa estimativa para que um produto seja lançado é de sete anos, pois uma etapa depende da outra. Queremos propor que os procedimentos sanitários sejam trabalhados em paralelos com a licença local da Anvisa. Calculamos que seja possível ganhar um ou dois anos nesta etapa”.

Certificação de boas práticas: Atualmente existem 1600 fábricas esperando inspeção dos 11 técnicos da Anvisa dedicados a essa área. Quando são chamados outros técnicos esse número sobe para 60. No entanto, esses profissionais conseguem fiscalizar apenas 220 fábricas por ano. Gouvêa explica que a entidade está em contato com a Anvisa e o governo para ver como essa situação pode ser resolvida.

“Com essa demora, o Brasil deixa de ser um país atrativo para empresas de fora. Para uma companhia investir aqui, ela precisa conhecer o mercado. Se não conseguir exportar, não vai querer fazer produção”.
Ele completa que é preciso de um sistema que dê segurança para o consumidor, mas que não seja uma barreira para a entrada de novos produtos.

Incorporação racional de tecnologias: Esse item consiste em trazer para o país tecnologias inovadoras dentro de um conceito de custo benefício.

Redução do Custo Brasil: Além disso, a Abiis procura fazer uma redução da questão fiscal, pois a saúde é uma das áreas mais impactadas em termos de tributação.

Resultados
De acordo com estimativas, o Brasil gasta anualmente mais de R$ 270 bilhões em saúde. Deste total, 45% são custeados pelo sistema público.

As entidades e empresas congregadas pela ABIIS, juntas representam 0,6% do PIB brasileiro e possuem um faturamento estimado em R$ 12,2 bilhões. Esse grupo fomenta, indiretamente, mais de 11 mil empresas, as quais, por sua vez, geram mais de 100 mil postos de trabalho com salários acima da média nacional.

Suas exportações representam mais do que 25% de todo o setor médico nacional. E recolhem contribuições superiores a R$ 3 bilhões em impostos e atendem a 60% do mercado de produtos médicos no Brasil.

Em suma, Gouvea espera que a aliança possa contribuir de forma positiva para formar um país melhor e com mais equilíbrio na política de importação. Isso porque segundo ele, o Brasil conquistou uma posição que não pode perder e precisa estar consciente da necessidade de manter os fluxos abertos para assim possuir um diferencial competitivo perante outros países. Por Cinthya Dávila.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Novas regras para mototaxistas e motofretistas entram em vigor

Os Estados têm um ano para se adequar às novas exigências. Condutores têm de fazer curso preparatório de 30 horas.

As novas resoluções sobre equipamentos de segurança e curso preparatório para motofretistas e mototaxistas entram em vigor nesta quinta-feira e os Estados – órgãos fiscalizadores, empresas e profissionais – têm um ano para se adequarem às novas exigências. Depois desse período, ou seja, em agosto de 2012, tem início a fiscalização e quem não obedecer às resoluções poderá ser multado.

A profissão de mototaxista e motofretista foi regulamentada em 2009, por meio da Lei 12.009. A partir daí, em 2010, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu as Resoluções 350 e 356, que entram em vigor hoje, com o objetivo de melhorar a segurança do profissional nas ruas.

Em dez anos o número de mortes consequentes de acidentes de moto aumentou 754% no Brasil, segundo o Caderno Complementar Mapa da Violência, feito pelo Instituto Sangari e divulgado este ano. O estudo abrange a década de 1998 a 2008, quando foram registradas 87,6 mortes a cada 100 mil motos no País. Em 1998, foram 67,8 mortes a cada 100 mil motos.
A Resolução 350/2010 do Contran “institui curso especializado obrigatório destinado a profissionais em transporte de passageiros (mototaxista) e em entrega de mercadorias (motofretista) que exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas e motonetas”. O curso deve ter 30 horas, sendo 25 horas de teoria e cinco de aulas práticas. Mesmo com a regulamentação das profissões em 2009, o curso ainda não é oferecido na maioria dos Estados brasileiros.

Celso Pereira de Oliveira, de 35 anos, que atua como motoboy há oito anos, aprova a regulamentação e quer estar entre os primeiros inscritos no curso. “Eu acho que a questão do curso é legal porque traz até mais segurança para nós. A gente está na rua e acha que sabe tudo, mas o curso é sempre bom para aperfeiçoar”, conta. Apenas 35,09% das pessoas que usam a motocicleta como meio de transporte se sentem seguras no trânsito, de acordo com a pesquisa Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social) Mobilidade Urbana feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgada em maio de 2011.

A Resolução 356/2010 do Contran estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de carga e passageiros, sendo que os veículos deverão ter um protetor de pernas e motor, uma antena para proteção contra linhas de pipa e devem estar cadastrados na categoria aluguel, ou seja, possuir a placa vermelha. Oliveira acredita que esses equipamentos poderão diminuir os acidentes.

“Uma vez uma linha de pipa pegou em mim e fez um corte no meu capacete, imagina se eu estivesse sem?”, lembra. E essa não foi a única situação em que o motoboy quase ficou ferido. “Quando eu trabalhava de noite, já aconteceu de queimar o farol e não ter como trocar. Um carro quase bateu em mim porque com o farol desligado ninguém vê a gente [motoboys]”, acrescenta.

No último dia 28, uma linha com cerol enlaçou o pescoço de um policial que andava de moto na Rua Barra do Jequitaí, bairro da Penha, zona leste de São Paulo. Ele foi levado a um hospital da região, mas não resistiu e morreu.


Diferenças

No caso do motofrete, a motocicleta deve estar equipada com um baú, grelha, bolsas ou caixas laterais para transportar a carga. No caso do mototáxi, é necessário que o veículo tenha alças metálicas para apoio do passageiro. Além disso, os condutores devem usar capacete e colete com faixas refletoras.

“Qualquer pessoa que anda de moto é considerada motoboy. Com a regulamentação, será possível distinguir o motoboy do motociclista”, comenta Felipe Santos Danuz, 22 anos, sobre os equipamentos que serão obrigatórios. “Nosso trabalho vai começar a valer, vai ser reconhecido. Para nós, vai ser a melhor coisa”, acrescenta.

Questionado sobre o protetor de pernas e motor, Danuz acredita que esse é um equipamento essencial. “Alguns amigos meus têm pinos na perna porque levaram uma fechada de carro e o carro sempre bate na nossa perna. Estou torcendo para sair o mais rápido possível [entrar em vigor a lei] e eu ficar legalizado. Vou andar de colete, ter a placa vermelha na moto”, conclui.

O presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimotosp), Gilberto Almeida dos Santos, considera a nova regulamentação do Contran importante. “De início pode ser ruim, o pessoal [motoboys] pode se sentir incomodado, mas no futuro vai trazer benefícios, como aconteceu com outras categorias”, explica ao citar isenções conseguidas pelos taxistas depois da regulamentação da profissão.

Santos ressalta que boa parte dos motoboys é contra a nova regulamentação devido à dificuldade em regularizar o veículo. “Pouco mais de 30% apoia e concorda com a regulamentação. Noventa e nove por cento da categoria utiliza a moto de passeio [para transportar carga]. Para transformar essa moto em espécie carga é um trâmite muito difícil, você tem de ir a um centro de inspeção, pagar R$ 250, que é muito dinheiro, e isso só dificulta”, conta.

São Paulo

No Estado de São Paulo não há cursos preparatórios para mototaxistas ou motofretistas, mas o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran SP) explica que está em contatos com empresas que possam oferecer o serviço e que os cursos devem ser oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) em breve, mas não souberam determinar uma data.

Além disso, por meio de uma parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e o Comando de Policiamento de Trânsito (Cptran), o Detran fará uma campanha de educação para o trânsito, distribuindo cartilhas e visando o motociclista que usa seu veículo para o trabalho.

O capitão da Polícia Militar Sérgio Marques, especialista em legislação de trânsito afirma que não seria correto fiscalizar o motorista que não teve como se adequar às novas normas. “Seria uma situação muito injusta com o cidadão. Seria muita injustiça se começássemos a fiscalizar sem ele [motociclista] ter a oportunidade de começar o curso”.

Com relação aos equipamentos de segurança da motocicleta, os requisitos previstos na Resolução 356 também não serão fiscalizados por enquanto. No entanto, o uso de capacete, a condição dos pneus, a habilitação do condutor, o licenciamento do veículo e a legibilidade da placa continuam sendo obrigatórios. “Será uma fiscalização genérica e não específica”, conclui o capitão Marques.

Rio Grande do Sul

Pioneira na implantação do curso especializado no Brasil, Porto Alegre (Rio Grande do Sul) já formou cerca de 1.250 profissionais desde setembro de 2010, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), o que representaria apenas 15,6% dos 8 mil motoboys na cidade, segundo estimativa do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto).

Fernanda Simas, iG São Paulo | 04/08/2011 10:00

Instalação de chip em jaleco de médicos gera polêmica no RJ

Profissionais se dizem constrangidos com a novidade, na Baixada. Governo garante que chip vai melhorar atendimento em UPA.

 A instalação de um chip eletrônico nos jalecos dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mesquita, na Baixada Fluminense, provocou uma grande polêmica. Profissionais se dizem constrangidos com a novidade e a Secretaria estadual de Saúde garante que o equipamento vai melhorar o atendimento, como mostrou reportagem do RJTV.

O Sindicato dos Médicos do Rio informou que vai recorrer à Justiça para impedir a utilização dos chips.

Inaugurada recentemente, a UPA conta com atendimento de urgência e emergência, aparelhos novos, além de ambulância própria. Mas o que tem chamado atenção fica escondido de quase todo mundo. Os pequenos chips vão ser colocados nos equipamentos, nos materiais hospitalares e em caixas de remédios. Os sensores nas portas permitem a administração controlar o que entra e sai da unidade.

Polêmica

Alguns ambientes, como o da rouparia, serão monitorados o tempo inteiro. Com as antenas instaladas dentro das salas, é possível saber durante 24h por dia quando um jogo de roupa de cama chega, quantos uniformes estão na sala e até se um lençol é levado para o quarto.

A polêmica começou porque a Secretaria de Saúde decidiu colocar os chips também nos jalecos dos médicos. Se o médico sair usando o jaleco, um alerta é acionado. A medida foi criticada pelo sindicato dos médicos e pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj).

“Isso é um constrangimento, já que nem os presidiários estão usando pulseiras de chip para poder ir no Natal para casa. (...) É mais importante você ter controle de quem entra em sai de uma emergência do que você colocar um chip constrangendo as pessoas e dizendo para a população que não tem medico nos postos, porque o médico falta. É ao contrário, não tem médico nos postos suficientes, porque o salário é ruim”, explicou a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo.

A secretaria diz que o chip no jaleco não tem como função principal controlar a entrada e a saída dos médicos. “É um processo para controlar a adesão dele (médico) e de qualquer outro profissional aos protocolos de controle de infecção e do cuidado com o patrimônio dentro da própria unidade”, explicou a subsecretária de vigilância em saúde, Helen Myamoto.
 
Do G1 RJ  18/07/2012 19h25 - Atualizado em 18/07/2012 19h48

 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Treinamento de Legislação Ambiental e Resíduos Sólidos

Polícia de PE investiga falsos atestados apresentados por soldado


Militar da Aeronáutica apresentou documentos para obter licença médica. Ortopedista nega ser autor de atestados. Cremepe vai apurar o caso.



A Delegacia de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, está investigando um caso de falsificação de atestados médicos, que teriam sido usados por um soldado da Aeronáutica para pedir o afastamento do serviço por motivos de saúde. O ortopedista Fábio Ribas fez a denúncia, porque seria a vítima da fraude, como mostra o NETV 2ª Edição desta segunda-feira (16).

O primeiro atestado foi apresentado à corporação militar em maio deste ano, e teria sido assinado por um ortopedista chamado Fábio Ribas Valença. O formulário tem o timbre de um hospital da rede pública estadual, que fica no Recife, e solicita o afastamento do soldado por 15 dias, devido a uma pancada no tornozelo.

Um dia após o vencimento do primeiro atestado, o mesmo soldado apresentou uma nova licença médica, pedindo mais sete dias de afastamento, pelo mesmo motivo. Dessa vez, o documento vinha de uma outra unidade de saúde; no entanto, a assinatura que acompanhava o carimbo do mesmo médico era diferente.

A fraude revela outros erros: um médico não pode emitir uma licença por mais de 15 dias seguidos. Se houver necessidade de um afastamento maior que esse período, o profissional de saúde deve fazer um laudo, encaminhando o paciente para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o que não aconteceu neste caso.

O verdadeiro ortopedista Fábio Ribas não usa no carimbo o sobrenome Valença e diz que não emitiu os dois atestados. Ele descobriu a farsa quando recebeu a visita de oficiais da Aeronáutica, que desconfiaram dos documentos. Depois disso, o médico descobriu que outros atestados em nome dele também foram falsificados. "Eu recebi uma intimação da delegacia para comparecer e prestar esclarecimentos, e a suspeita era de mais uma falsificação. Eu fui intimado, fiz essa averiguação e confirmei que não era um documento emitido por mim, inclusive de um local de onde eu não trabalhava mais", explica.

Como outros falsos atestados podem estar circulando por aí, ele dá um conselho para as empresas. “Suspeitem dos atestados com datas muito próximas, com um CID [Código Internacional de Doenças, informação obrigatória em atestados médicos] para uma coisa até certo ponto mais leve, entrem em contato com os serviços médicos, procurem saber se o médico estava de serviço naquele local, porque a partir daí é um ganho para empresa e para sociedade, contra esses maus profissionais”, sugere.

A falsificação que virou caso de polícia pode ter outras conseqüências. Como as investigações ainda não foram concluídas, o médico que foi vítima da fraude está preocupado se a suposta assinatura dele foi parar em outros laudos. “É o meu nome que tá sendo usado e isso pode ser feito de várias formas: para comprar medicamentos controlados, em atestados de óbitos, em recibos para imposto de renda, então outras complicações podem aparecer”, lamenta.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco informou que vai aguardar o envio da denúncia para começar a apurar o caso.

Fonte: G1 PE. 16/07/2012 19h51 - Atualizado em 16/07/2012 19h54

terça-feira, 17 de julho de 2012

Vigilância Sanitária interdita UTI de hospital

Hospital Evangélico Samaratino de Campinas teve área isolada após órgão verificar que havia bolor nas paredes, no teto e até no piso da unidade, além de infiltração, acúmulo de umidade e vazamento de água.

Neste domingo, (15) a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta do Hospital Evangélico Samaratino de Campinas, no interior de São Paulo, foi interditada  pela Vigilância Sanitária por falta de condições de uso. As informações são do Jornal Estado de S. Paulo.

A interdição ocorreu após o órgão da Secretaria Municipal de Saúde verificar que havia bolor nas pareces, no teto e até no piso da unidade, além de infiltração, acúmulo de umidade e vazamento de água.

A ordem para interdição foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Município. A medida determinou a imediata remoção de todos os pacientes internados no setor.

No ato de interdição, a vigilância alega que a medida foi tomada por falta de condições de “salubridade no local”.

A Secretaria Municipal de Saúde condicionou a desinterdição da UTI para adultos à remoção de todos os pacientes do local e à solução para os problemas apontados pela vigilância.

Caberá ao hospital promover a reforma do espaço e oferecer condições adequadas para que a vigilância libere a UTI para funcionamento.

No ano passado, outra área do mesmo hospital também foi interditada dentro das inspeções feitas pelo órgão..

Remoção

Por meio de nota, o Hospital Samaritano informou que os pacientes que estavam internados na unidade foram “realocados para as demais UTIs que o hospital possui”, já que havia número suficiente de vagas na unidade para isso.

Administrado pela Associação Evangélica Beneficente de Campinas (Asebec), o Hospital Adventista Samaritano é um dos principais de Campinas, com 132 leitos de atendimento de cirurgia geral, clínica geral, UTI adulto, UTI infantil, UTI neonatal, obstetrícia, pediatria clínica, hospital dia, unidade coronariana e hemodinâmica.

Com sete salas cirúrgicas, a unidade realiza por mês uma média de 500 procedimentos. O hospital afirma que o atendimento aos pacientes não será afetado durante a interdiçãi.

O hospital não comentou os problemas encontrados pela Vigilância Sanitária na UTI de adultos. Também não informou o número de pacientes que estavam internados e que tiveram de ser remanejados.

A assessoria de imprensa do hospital confirmou apenas que passou por fiscalização da Vigilância Sanitária. E que as exigências de melhorias apontadas pelo órgão da Secretaria de Saúde para a continuidade de funcionamento da UTI para adultos “foram prontamente atendidas”.

 Por Saúde Web.

EUA aprova pílula de prevenção do vírus da aids

Pílula Truvada, do laboratório Gilead Sciences, é aprovada pelo FDA para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.

A Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (16/07) a aprovação da pílula Truvada, do laboratório Gilead Sciences, para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.

De acordo com o FDA, o Truvada é para utilizar na profilaxia prévia à exposição em combinação com práticas de sexo seguro para prevenir as infecções do HIV adquiridas por via sexual em adultos de alto risco.

O medicamento é encontrado no mercado americano desde 2004 como tratamento para pessoas infectados com HIV, indicado em combinação com outros remédios antirretrovirais.

Em maio, um painel assessor da FDA pediu para aprovar o Truvada como prevenção para pessoas não infectadas, depois que testes clínicos mostraram que este medicamento pode reduzir o risco de HIV em homens homossexuais de 44 a 73%.

Por Saúde Web.

Governo anuncia planos de saúde que serão suspensos

Na semana passada, a ANS havia informado que estudava suspender a comercialização de planos de saúde de 40 operadoras. Os nomes serão divulgados nesta tarde.

O Ministério da Saúde e a ANS anunciam nesta terça-feira (10) as operadoras de planos de saúde que terão a comercialização de produtos suspensa por descumprimento dos prazos de atendimento médico ao consumidor fixado pela agência reguladora.

Na semana passada, a ANS havia informado que estudava suspender a comercialização de planos de saúde de 40 operadoras.
 
O anúncio das operadoras que serão punidas será feito no Rio de Janeiro, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo diretor presidente da ANS, Mauricio Ceschin.

Ao todo, 105 empresas tiveram reclamações pelo segundo trimestre consecutivo.

Os casos denunciados pelos usuários à ANS são de desrespeito à Resolução Normativa nº 259. A medida estabelece o tempo máximo permitido entre o pedido de um procedimento, como consultas, exames e cirurgias, e seu atendimento. Os prazos variam de acordo com o tipo de solicitação.

Veja mais:


Por Saúde Web.

Hospitais querem trocar monitores comerciais por específicos de saúde

Apesar da maioria das instituições de saúde ainda usarem monitores comerciais, a tendência é que essa realidade mude. Veja a diferença no dianóstico entre um tipo de produto e outro.


A maioria das instituições brasileiras ainda usa monitores comerciais, mas esta realidade vem mudando, a demanda por monitores médicos para diagnóstico em radiologia e outras modalidades é crescente. 

Durante a Jornada Paulista de Radiologia (JPR) deste ano, o gerente da fabricante de monitores Barco Healthcare, Marcos Barboza, constatou que o interesse por monitores médicos aumentou em aproximadamente 60% quando comparado ao ano anterior.

No caso da Barco, os produtos de destaque foram os monitores Barco Mammo Tomosynthesis 5MP, desenvolvido especialmente para tomosíntese de mama, e a linha de monitores para diagnósticos Barco Coronis Fusion que atraíram atenção de hospitais que vão investir em PACS. 

“O mercado de saúde brasileiro e latino americano vem crescendo muito, em especial os departamentos de TI e radiologia digital e a tendência do mercado é investir cada vez mais em tecnologias para o diagnóstico por imagens que garantam um resultado diagnóstico consistente”, afirma Barboza. 

De acordo com o executivo, a adoção da tomossíntese para o diagnóstico da mama é uma tendência do mercado de diagnóstico por imagem.

Entenda as diferenças entre os monitores especializados para a medicina e os comerciais: 

Comparados aos monitores comerciais, os monitores médicos oferecem vantagens significativas para o diagnóstico por imagem devido as características como: 

• Resolução e orientação (landscape ou portrait): monitores padrões oferecem resolução limitada e configuração landscape, que não é otimizada para imagens diagnósticas. A alta resolução e a visualização em portrait ou landscape permitem que os radiologistas vejam muito mais detalhes nas imagens.

• Lunimância: monitores convencionais geralmente oferecem luminânica máxima entre 250-300cd/m2, já os monitores médicos atingem níveis de luminância de até 2000 cd/m2. Isso garante qualidade de imagem superior e aumenta a produtividade durante a leitura do diagnóstico.

• Contraste: monitores médicos oferecem contraste superior a 1000:1, substancialmente melhor do que a maioria dos monitores comerciais com contraste de apenas 300:1, e são capazes de processar mais JNDs DICOM do que os displays de baixo contraste.

• Ângulo de visão: as estações de trabalho médicas combinam múltiplos monitores, com visualização por diferentes ângulos, o que faz com que as caracteristicas de ângulo de visão no estado-da-arte sejam muito importantes. Um monitor comum não oferece essa característica, uma imagem numa tela flat pode mudar substancialmente dependendo do ângulo em que é visualizada.

• Escala de cinza: alguns monitores oferecem até 12 bits para visualização de tons de cinza, em conformidade ao padrão DICOM. Os monitores convencionais visualizam até 8 bits e não cumprem esse requisito. 

• Consistência da imagem: na visualização de imagens médicas é importante que as imagens sejam mostradas de forma consistente durante todo o tempo e em todos os monitores, em monitores comerciais, se nenhum cuidado especial for tomado, o brilho pode mudar com o tempo e dependendo da temperatura. 

• Uniformidade da luminância: todos os monitores LCD sofrem de não uniformidade da luminância, o que significa que uma imagem pode aparecer levemente diferente nos cantos em relação ao centro da tela. Alguns monitores médicos possuem uma tecnologia (ULT) que garante a uniformidade da luminância e permite que a percepção da imagem seja igual em qualquer canto da tela.

• Calibração DICOM: a maioria dos monitores convencionais não oferece luminância adequada para a visualização de imagens médicas e por isso não atendem as normas DICOM. 

• Configuração e controle da qualidade: Configuração adequada e ferramentas de controle de qualidade são recursos valiosos durante auditorias hospitalares sobre processo de controle de qualidade.

Por Verena Souza.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Avaliador e consultor surgem como carreira alternativa de saúde


Com remuneração entre R$ 6.000 a R$ 9.000, a procura por pessoas com expertise em gestão de qualidade e segurança do paciente cresce. Existem hospitais que oferecem remuneração diferenciada para tais profissionais
A evolução do nível de gestão das instituições de saúde brasileiras, reforçada pelo aumento no número de entidades acreditadas, amplia a demanda por profissionais com expertise em administração e em normas e padrões internacionais de qualidade e segurança. Abre-se, dessa forma, um novo campo de trabalho para enfermeiros, médicos, engenheiros, entre outros.
O número de hospitais acreditados no País ainda é incipiente, mas nos últimos anos a demanda tem crescido de forma exponencial. Atualmente, dos 6,5 mil hospitais brasileiros, apenas 200 são acreditados, enquanto países como Estados Unidos e Canadá possuem índices globais de acreditação que ultrapassam os 90%.
Entretanto, Para Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que congrega 45 hospitais que possuem alguma acreditação, o certificado de qualidade já se tornou uma questão de sobrevivência dos players que atuam no negócio de saúde. “As instituições que não têm acreditação vão deixar de existir. O que eu gostaria é que a sociedade e as operadoras exigissem a acreditação como um filtro de quem fica e quem sai do mercado”, opinou Balestrin em debate sobre o tema realizado, em maio, na IT Mídia.
Carreira
A exemplo dessa tendência, em 2007, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusivo no Brasil da maior agência acreditadora em Saúde do mundo, a Joint Commission International (JCI), tinha 5 avaliadores e 25 consultores para atender, respectivamente, 12 instituições acreditadas e 24 em processo para acreditação. O ano passado, a equipe foi de 10 avaliadores e 52 consultores em acreditação para uma demanda de 33 instituições acreditadas e 95 em processo.
Os consultores fazem parte do time “pré-acreditação”, ou seja, são responsáveis pelo preparo dos profissionais da entidade que fará o processo de certificação. Os avaliadores conferem se os padrões de qualidade e segurança estão sendo aplicados.
“Hoje recebemos mais solicitações para ingressar na formação do CBA, que dura entre seis a dez meses”, conta o Coordenador de Educação e Diretor de Relações Institucionais do CBA, Heleno Costa Júnior.
Para ser um profissional do CBA é preciso estar formado por, pelo menos, dez anos e possuir cinco anos de experiência prática; e não pode estar há mais de dois anos afastado de atividades relativas ao setor.
“As maiores vantagens do trabalho são a experiência e o conhecimento adquirido. Você acaba vendo muitas iniciativas que deram certo”, conta o médico Sergio Eduardo Soares, que é consultor do CBA e diretor operacional do Grupo Acreditar, clínica oncológica de terapia intensiva e geriatria, tendo atuado como diretor clínico do Hospital Brasil, pertencente ao Grupo Amil.
A remuneração, segundo Costa, pode variar entre seis R$ 6.000 a R$ 9.000, dependendo da quantidade de projetos que o profissional trabalhe. Uma avaliação completa dura, em média, 40 horas semanais, divididas em cinco dias.
Já existem hospitais ofertando uma remuneração diferenciada para profissionais com experiência em acreditação, o diretor do CBA sabe de, pelo menos, três, mas não revela. Segundo ele, um hospital ofereceu acréscimo de 20% no salário para um cargo de gestão de qualidade, caso o candidato tivesse no currículo passagem por uma instituição acreditada.
Na opinião de Soares o ideal é fazer do trabalho uma atividade paralela ao exercício da medicina, mas garante que existem pessoas que vivem exclusivamente como consultores. Por Verena Souza.

Hospital inteligente: tecnologias muito além da TI


Um lugar onde vidas serão salvas e desperdícios serão eliminados porque não faltarão ferramentas e informações para que uma decisão seja tomada. Esse é o caminho definido pelos CIOs para o futuro

Imagine um hospital no futuro. As filas no atendimento foram eliminadas. Cada medicamento que sai da farmácia é rastreado e sua dosagem e validade são controladas a distância. Nos laboratórios os exames são feitos e encaminhados da forma mais rápida possível. O equipamento de diagnóstico mais complexo gera uma imagem que trafega quase instantaneamente para qualquer área. Na sala de cirurgia um paciente em estado crítico foi salvo porque o médico conseguiu tomar a decisão correta de forma rápida. Nada é desperdiçado e tudo é exemplo de boa administração e sustentabilidade.
Esse é o objetivo que as empresas do ramo estão buscando atualmente. O termo que define isso e ganha espaço no setor explica bem a situação – hospital inteligente. “Estamos trabalhando para isso, ter 100% de integração em qualquer informação que se possa imaginar e em qualquer área do hospital”, aponta o presidente da Associação dos CIOs de Saúde e gerente de TI do Hospital e Maternidade Cristovão da Gama, David Oliveira.

A diferença entre seu cargo exposto no crachá e sua função explica muito da complexidade da transformação que as instituições estão passando em busca desse futuro inteligente. Apesar de ser o homem da TI, Oliveira cuida, pelo menos de alguma forma, de tudo que possa ser enxergado como tecnologia. Os equipamentos de diagnóstico, por exemplo, são de sua responsabilidade a partir do momento que geram imagens que servem de subsídio para tomada de decisão por um médico.
Se uma máquina de suporte de vida de um paciente sofre interferência da rede wireless, é ele que se envolverá na solução desse problema. Se algo pode ser rastreado ou alguma informação captada e transferida, também.  “Os CIOs de saúde têm uma rotina complexa e precisam entender que a evolução para um ‘hospital inteligente’ não é só TI”, comenta.
Tome, por exemplo, o lançamento da sala de cirurgia híbrida da Maquet, empresa do Grupo Getinge, na Hospitalar 2012. O conceito apresentado cria um ambiente no qual poderá ser realizado qualquer procedimento (neurológico, ortopédico, cardiovascular, etc) com diagnóstico por imagem, extrema esterilização, economia de energia e recursos e comunicação instantânea com qualquer profissional do lado de fora. Para isso, é preciso mexer na arquitetura, adotar novos processos, comprar máquinas modernas e montar uma infraestrutura ideal para que todas as informações digitais geradas sejam mostradas, armazenadas e enviadas de forma rápida e segura.
“Evidentemente que há TI aí, mas ela é a base sobre a qual tudo funciona”, diz a Gerente de Marketing da empresa, Jennifer Herbst. Segundo ela, o conceito foi bem aceito durante a Hospitalar e em breve deve fazer parte da oferta de alguns hospitais brasileiros. “O interesse foi grande não só pela modernidade e tecnologia que a sala expõe, os hospitais sabem que isso significa economia e diferencial no mercado”, diz.
Modernização tardia, mas promissora
O hospital inteligente é isso. Não adianta ter tecnologia de ponta para agradar aos olhos. É preciso ser uma instituição sem falhas, sem desperdícios e que dá as melhores condições para o trabalho dos profissionais e o melhor atendimento para seus pacientes. É uma complexidade que existe também em empresas de outros setores, mas nos hospitais ganha contornos ainda mais urgentes.
“Os hospitais começaram a trabalhar a TI só recentemente e nosso orçamento não é tão grande quanto bancos, fábricas ou empresas de telecomunicações. E enquanto nos atualizamos nisso, somos obrigados a lidar com uma nova forma de tecnologia que é só nossa e vem avançando de uma forma extremamente rápida”, lembra Oliveira.
Ele explica a situação. Os hospitais são diferentes de outras indústrias. Entre um servidor e um tablet na mão de um médico existem dezenas de tecnologias específicas que nos últimos anos deixaram de ser isoladas e exigem uma integração imediata. A cada dia mais informação digital é gerada por cada vez mais equipamentos em laboratórios, salas de cirurgia, balcão de atendimento e áreas de diagnóstico.
Qualquer processo demanda tecnologia. A movimentação de medicamentos numa empresa de saúde, por exemplo, é muito mais complexa do que o estoque e envio de peças numa indústria. Isso deve fazer a RFID (etiqueta inteligente) ser adotada antes no setor de saúde do que no varejo, que se pensava ser o “early adopter” para isso. Tudo num hospital está pedindo para ser integrado hoje em dia e ajudar a transformar o hospital antigo em um hospital inteligente.

Desafios e complexidade
Os desafios são grandes. “Quando falávamos em modernização há alguns anos a meta era ter uma operação sem papel ou com o melhor da TI. Isso mudou”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Cláudio Giulliano. Para ele, a partir do momento que tudo que se possa imaginar como processo suportado por tecnologia em um hospital está interagindo, é quase impossível pensar num limite para os benefícios gerados e os novos serviços que surgirão.
“Um hospital inteligente não é assim porque tem vídeo ou smartphone na mão de funcionários, é uma série de soluções de telemetria, telemedicina que permitirão que pacientes sejam acompanhados por médicos ou parentes a distância ou que qualquer dado que se possa imaginar esteja disponível a qualquer hora e em qualquer lugar”, diz Giulliano. Para ele, um ‘hospital inteligente’ é o resultado de TI, tecnologia específica da área de saúde, cultura, transformação física das instituições, modernização de processos e gestão. Por Gilberto Padovani.