terça-feira, 4 de outubro de 2011

4 dicas para aprimorar relação paciente, médico, hospital e fornecedores

As normatizações serão implantadas de modo eficiente? As operadoras estão preparadas para se adequar? Em artigo, especialista levanta a questão e apresenta direcionamento 

Nos últimos tempos os usuários de planos de saúde vêem saírem inúmeras normas que os beneficiam, entre elas desconto para pessoas saudáveis, prazo para atendimento, aumento no Rol de cobertura, entre outros. Mas, será que todas essas normatizações, por mais que sejam satisfatórias, serão implantadas de modo eficiente? As operadoras de saúde estão preparadas para se adequar?

A saúde suplementar vive atualmente um momento de crise, baseado em conflitos de interesses. Médicos exigem melhor remuneração, as operadoras sofrem com a falta de especialistas credenciados e o Sistema Único de Saúde (SUS) exige ressarcimento das operadoras, devido ao uso da rede pública por seus usuários.
Diante de tantos problemas é preciso refletir sobre a eficiência das operadoras. Quero deixar claro que, não estou ao lado de nenhuma das partes, o que eu pretendo aqui é discutir a efetividade no cumprimento dessas normas. Pois, o que adianta a Agência Nacional de Saúde Suplementar criá-las no momento em que as operadoras ainda não estão preparadas?

Pensando nisso, listei algumas medidas que acho que devem ser levadas em consideração:
  • Dentro dos critérios do IDSS (Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar) incluir um índice de satisfação do prestador de serviço (médico, hospital, laboratório). Pois dentro da cadeia (supply chain) do sistema de saúde todos os envolvidos têm que estar em sinergia;
  • Monitoramento dos prestadores: alguns hospitais viraram uma “lojinha” de medicamentos e materiais, teoricamente não deveriam embutir taxas de comercialização como se fossem estabelecimentos que negociam esse tipo de produto (farmácias);
  • Ações em conjunto à ANVISA para acompanhar a valorização e comercialização das órteses, prótese, materiais especiais e medicação de alto custo. O descontrole da “bonificação” dada quando utilizados leva a um aumento dos custos. Um item “bonificado” mal indicado para um paciente eleva a sinistralidade encarecendo o plano de saúde;
  • Prêmios para as operadoras de saúde com o melhor IDSS (Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar).
Poderíamos ficar enumerando muito mais itens de sugestões de melhoria, porém com esses já citados já trariam uma enorme mudança no relacionamento entre paciente, médico, hospital e fornecedores, que equilibrariam o setor levando ao paciente/cidadão a melhor assistência em saúde com o preço justo. Por Henrique Oti Shinomata.

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