quarta-feira, 19 de outubro de 2011

6 dicas para o sucesso na troca de informações em saúde

Com o desenvolvimento das plataformas de comunicação, vem também a preocupação com a confidencialidade e segurança
 
O desenvolvimento generalizado da troca de informações de saúde (health information exchange, HIE) está acontecendo rapidamente, e com ele vêm preocupações com a confidencialidade, privacidade e segurança. Mas seus benefícios são superiores a essas preocupações e incluem qualidade de cuidado melhorado e redução dos custos de saúde.

Apesar da recepção reservada da HIE entre hospitais e clínicas nos Estados Unidos, muitos afirmam que ela terá um papel importante nos estágios do uso significativo. E já que não há melhor hora do que agora para dar início aos programas de benefícios, Rob Brull, gerente de produto da Corepoint Health, sugere seis dicas para fazer com que a implementação da HIE dure.
  1. Deixe as coisas simples: de acordo com Brull, o HIE pode ser muito importante em termos de melhoria do cuidado do paciente. Entretanto, ele acredita que o melhor é se focar em alguns aspectos do HIE que terão maior impacto: “Se o HIE tentar ser tudo para todos muito cedo, pode não conseguir estabelecer as fundações para crescer”. Brull aconselha, por exemplo, que o HIE pode se concentrar primeiramente  na troca de CCDs, exames de laboratórios e resultados de radiologia, deixando coisas como as referências eletrônicas, acompanhamento em casa ou registros de doenças para a segunda fase. “Os dados também não precisam ser completamente interoperáveis a partir do primeiro dia. Talvez usar um portal para a visualização dos resultados em vez de as entregas de resultados serem completamente integradas com o EMR. A interoperabilidade pode ser algo que aumente durante o tempo”.
  2. Entenda sua fonte de receita: Brull argumentou que para alcançar a sustentabilidade, um plano de negócios deve ser definido antes do início e implementação de qualquer HIE. “A maior parte disso é entender de onde vêm as fontes de receita. A análise de negócio tem que mostrar se a receita anual é suficiente para cobrir os custos operacionais”. Brull seguiu dizendo que possíveis fontes de receita incluem laboratórios e centros de imagem que querem conexões eletrônicas com médicos realizando pedidos dentro do HIE. “Historicamente, os médicos resistiam ao conceito de pagarem taxas por conectividade. Deve ficar claro sobre o que os participantes desejam pagar, e o HIE deve agir como qualquer empresa tentando vender um produto; devem justificar os custos tendo como base os benefícios recebidos”.
  3. Estimar os custos: Como a análise de receita, o HIE deve ser precavido e continuar revendo os custos como qualquer negócio em busca de lucros, afirmou Brull. De acordo com ele, a estimativa dos custos está intrinsicamente ligada à ideia de manter as coisas simples. “O valor do subsídio somado à contínua fonte de receita não deve ultrapassar o valor dos custos atuais. Uma alta expectativa de implementar um HIE completo desde o início pode pressionar o dinheiro necessário para adquirir a funcionalidade mais avançada”. E quanto mais completo o sistema é para implementar, mas caro será para ser mantido. “Manter estrutura simples, manterá os custos baixos e permitirá mais sustentabilidade”.
  4. Promover alinhamento com ACOs: “Discutir com os fornecedores no HIE para saber se também vão participar do ACO (Accountable Care Organization). Se uma infraestrutura HIE pode ser utilizada para dar suporte a uma ACO, então, as economias compartilhadas da ACO – teoricamente – podem ser utilizadas para ajudar com os custos de operação da HIE”. Além disso, ao entender as exigências da ACO, o HIE pode chegar a melhores decisões sobre quais funcionalidades incluir. “Apesar de um HIE dever limitar suas previsões de funcionalidade para características críticas, dar apoio às necessidades do ACO ajudará a levar a receita à sustentabilidade necessária”, afirmou Brull.
  5. Garanta a privacidade do Paciente: Segundo Brull: “Nada dará mais dor de cabeça, perda de confiança do público, alta nos custos e redução de receitas como a violação das informações de saúde do paciente”. A exigência que deve ser seguida à risca é a privacidade e segurança, e para cumprir isso, deve existir comunicação aberta com os pacientes para se assegurar que eles entendam seus direitos. “O processo de certificação de EHR fornece critério detalhados para privacidade e segurança. O HIEs deve assegurar que essas especificações sejam seguidas bem como os processos exigidos pela HIPAA”.
  6. Comece com um Modelo Federado: Brull afirma que há muitas vantagens em começar com um modelo federado, que permite que os dados dos pacientes sejam guardados pelos prestadores. “Este modelo é mais simples e mais fácil de implementar e manter os custos iniciais baixos até que a base para o HIE esteja estabelecida”. Brull seguiu dizendo que a segunda vantagem é ter as exigências de privacidade e segurança com base no provedor e não no HIE, já que não há depósito centralizado de dados para proteger. “Claro que a interoperabilidade não é tão eficiente e a localização dos dados é muito mais difícil de controlar. Mas esta abordagem torna o plano de negócios muito mais fácil de justificar e, no final, dará ao HIE uma melhor chance de sustentabilidade”. Por Information Week. Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é importante.