Com uma Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar, o grupo Santa Joana alcançou índice de infecção
hospitalar de 0,3%, o que é baixo se comparado à média nacional de 2,8%
Nesta quarta-feira (15), comemora-se o Dia do Combate à Infecção
Hospitalar, criado para alertar sobre o perigo das superbactérias. De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções
hospitalares atingem aproximadamente 14% dos pacientes internados no
Brasil, podendo chegar a 100 mil mortes por ano. Para a OMS, somente a
higienização adequada das mãos, entre o atendimento de um paciente e
outro, e antes da realização de qualquer procedimento invasivo seria
capaz de reduzir em 70% os casos de infecção.
Para a infectologista e presidente da CCIH do Hospital e Maternidade
Santa Joana, Rosana Richtmann, a higienização das mãos é a medida mais
eficaz no controle da infecção hospitalar e deve ser incorporada por
todos, em casa, no trabalho ou mesmo na rua. O Santa Joana e a
Maternidade Pro Matre, pertencentes ao mesmo grupo, possuem uma Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) embasada em normas
brasileiras e órgãos internacionais. Rosana ressalta que uma comparação
entre os índices do grupo e de hospitais de referência no Brasil e no
mundo detectou que o índice de infecção hospitalar na Instituição é de
0,3%, o que é baixo se comparado à média nacional de 2,8%. O que é nove
vezes menor que a média nacional.
“O ideal é usar álcool em gel sempre que chegar da rua, antes de se
alimentar, depois de usar o banheiro entre outros”, afirma. Segundo a
doutora, é importante ter sempre um frasco de álcool em gel na bolsa,
pois nem sempre é fácil encontrar uma pia para lavar as mãos, por
exemplo, se for fazer uma refeição na rua. Nessas circunstâncias, ter o
álcool em gel resolve a questão.
As mãos costumam ser o principal veículo de contágio, pois está
diretamente em contato com objetos e lugares que podem estar
contaminados, sendo a porta de entrada para vírus, fungos e bactérias. A
doutora em saúde pública pela USP e especialista em saúde da pele,
pesquisadora da GOJO, Luciana Barbosa, explica que transformar a lavagem
das mãos e o uso do álcool em gel em um hábito frequente é benéfico
para todos e pode salvar mais vidas.
“Lavar as mãos com sabonete comum (sem ser bactericida) previne 80%
das doenças transmissíveis pelo contato entre mãos, superfícies e outras
pessoas. Já o antisséptico à base de álcool é mais eficaz porque
consegue eliminar 99,99% dos germes mais comuns presentes nas mãos,
podendo ser bactérias, fungos e vírus”, destaca a especialista. Luciana
ainda reforça que a principal diferença entre eles é que o antisséptico
não tem enxágue e pode ser utilizado em qualquer lugar e possui
princípio ativo bactericida mais eficaz do que o sabonete, mas ambos são
métodos seguros e indicados para prevenir a transmissão.
Ainda segundo a pesquisadora, em 2002 o
Centro de Controle de Doenças dos EUA recomendou a substituição da
lavagem das mãos com água e sabão pela utilização do álcool em gel,
espuma ou líquido, pois é mais eficaz, mais barato, resseca menos a pele
e ainda gasta menos tempo.
Por; Saúde Web.
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