Com clientes como o 9 de Julho e
Samaritano e uma criteriosa metodologia de geração de indicadores, a
empresa lança-se em um mercado sedento por uma governança clínica mais
eficiente.
Há pouco mais de dois anos, a Impacto Tecnologias Gerenciais em Saúde
– com mais de duas décadas de mercado – iniciou o desenvolvimento de
um projeto de pagamento por performance para o setor de Saúde que, mais
tarde, concretizou-se no desmembramento da 2iM (Impacto Inteligência
Médica), fortalecida pela parceria com o Instituto de Tecnologia do
Paraná (Tecpar).
Com o subsídio do espaço físico e acesso facilitado a profissionais
qualificados e a fontes de financiamento, a empresa – incubada pela
Tecpar no início do ano passado – agora está pronta para fornecer aos
gestores da Saúde informações qualificadas para avaliação de desempenho
dos profissionais e para a tomada de decisões estratégicas.
“Nosso negócio é agregar dados de diferentes sistemas. Não vamos
desenvolver ERPs, nem prontuários eletrônicos, mas capturar os dados
principais, por meio de um software, e gerar informações para a tomada
de decisão”, explica o fundador e sócio majoritário da companhia, Cesar
Abicalaffe.
Depois de ter observado modelos praticados na Inglaterra e Estados
Unidos, a 2iM chegou a uma metodologia apropriada ao Brasil, baseada em
indicadores, centrados no paciente, que seguem quatro dimensões:
Estrutura, que faz a captura sobre a formação do profissional como, por
exemplo, se ele investe em atualização, se faz uso da TI, entre outros;
Eficiência, mede a realização dos processos, aplicação de protocolos,
adequação aos custos,etc; Efetividade, analisa taxas de mortalidade,
infecção, permanência do paciente no hospital, entre outros desfechos
clínicos; e Satisfação do cliente, sendo feita a coleta dos resultados
de pesquisas de satisfação. O cruzamento de tais dados resulta no
índice, de 0 a 100, de performance do profissional ou equipe, dependendo
de que forma o gestor vai escolher avaliar.
“Saímos do conceito de pagar por performance, até pela resistência
médica, e percebemos que o que importa é avaliar o desempenho. Se você
vai pagar por performance é uma prerrogativa do gestor. Agora ter uma
boa governança clínica é obrigação dos hospitais”, ressalta Abicalaffe,
completando que a solução, na verdade, é voltada para prestadores em
geral – podendo ser aplicada individualmente, por especialidade, por
equipe ou ainda para entidades públicas ou privadas que queiram avaliar
sua rede de assistência, assim como em planos de saúde.
A fim de avaliar o corpo clínico de uma forma criteriosa e objetiva,
os hospitais 9 de Julho e Samaritano foram os primeiros a implantarem a
solução da 2iM. De acordo com Abicalaffe, a ferramenta – que é
compatível aos sistemas MV e Tasy – facilita a definição de critérios
para contratação e efetivação dos profissionais.
Os resultados decorrentes do cruzamento dos indicadores são abertos
aos funcionários, para que sejam estimulados a acompanhar seu desempenho
e melhorar os índices que estão abaixo do esperado. E o gestor passa a
ter uma visão panorâmica da performance da instituição, sem ter que
perder tempo, segundo o executivo, com os inúmeros relatórios que,
muitas vezes, não são lidos.
O sócio-fundador está otimista em relação
às oportunidades do mercado, uma vez que concorre basicamente com as
soluções desenvolvidas internamente pelos prestadores que, segundo ele,
geralmente não possuem uma metodologia tão precisa.
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