O ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
disse que a pasta pode acionar o Ministério da Justiça caso sejam
identificados indícios de que os preços praticados pelo uso de próteses e
órteses em 20 hospitais caracterizarem monopólio.
O governo anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar
suspeitas de irregularidades e cobranças indevidas em implantes de
próteses (usadas como substitutas de membros e articulações do corpo) e
órteses (aparelhos que servem para alinhar ou regular determinadas
partes do corpo) feitos em 20 hospitais. Entre os hospitais a serem
auditados, um é público e os demais privados ou filantrópicos.
Segundo Padilha, a partir de casos isolados que chegaram ao
ministério, a força-tarefa vai investigar, em um primeiro momento, os
hospitais com alto número de cirurgias para órteses e próteses
ortopédicas e cardiovasculares e que têm grande proporção de cirurgias
múltiplas ou sequenciais (quando uma mesma pessoa recebe mais de uma
prótese).
“Isso pode acontecer em um paciente politraumatizado, mas [tem
ocorrido] em uma proporção bastante elevada”, disse, ao destacar que
alguns hospitais chegam a registrar mais de 90% das cirurgias em questão
como múltiplas ou sequenciais.
“Montamos essa força-tarefa, que vai
fazer uma primeira avaliação muito detalhada nesses primeiros 20
hospitais. A partir daí, podemos identificar novos mecanismos de
aprimoramento e, sobretudo, de regulação. Queremos identificar, nessa
cadeia que começa pela distribuição de órteses e próteses, passa pela
aquisição pelo hospital privado e pelo médico que indica, se essa
elevação do preço se justifica”, completou.
Por Paula Laboissière | Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é importante.