sábado, 21 de janeiro de 2012

6 ideias de TI em saúde que irão mudar a medicina em 2012

I.A., big data, impressão 3D, redes sociais são algumas tecnologias que irão revolucionar o segmento



“No futuro, talvez em vez de prescrevermos remédios, prescreveremos apps”, afirmou o diretor executivo da FutureMed da Singularity University, Daniel Kraft, ao discutir as grandes tendências em tecnologia de saúde. Kraft acredita que ao analisar as tendências é possível adquirir a habilidade de reinventar a medicina e construir importantes modelos de negócio. “Vamos analisar como I.A. (Artificial Intelligence), big data, impressão 3D, redes sociais de saúde e outros novas tecnologias ajudarão com um melhor cuidado médico”

Inteligência Artificial

Kraft conta que o Siri da Apple e o Watson da IBM estão começando a ser aplicados em questões médicas. Eles ajudam com apoio ao diagnóstico e decisões médicas tanto para pacientes quanto para médicos. Por meio da nuvem, qualquer dispositivo poderá acessar o IA.

Por exemplo, um aparelho de Raio X na África poderia mandar as imagens por meio da nuvem onde um IA médico poderia analisá-lo. Exames de Papanicolau e mamografias já têm alguns aspectos lidos por meio de padrões de reconhecimento ou elementos IA.

A IA tem o potencial de ajudar alguns campos da medicina, como a dermatologia, que é um campo com base em padrões. Logo, os médicos clínicos irão mandar fotos para a nuvem, elas então serão analisadas por um IA e determinar “isso parece com um melanoma perigoso” ou “é normal”. Isso poderia fazer com que a procura por dermatologistas diminuísse.

Por outro lado, há também apps para consumidores como o Skin Scan, onde por US$5 é possível tirar a foto de uma lesão e enviá-la para a nuvem, então é possível saber se ela é perigosa ou não. Se for perigoso, ele te ajuda a achar um médico na vizinhança, o que pode ajudar os dermatologistas a conseguirem mais pacientes. Muitos campos irão mudar por causa da inteligência artificial, padrões de reconhecimento e testes mais baratos.

Big Data

De acordo com Kraft, é possível conseguir mais e mais dados a preços mais baixos. O exemplo disso é o genoma humano e o seu sequenciamento. Custava um bilhão de dólares ou mais há 10 anos. Entretanto, esse preço caiu rápido após a lei Moore chegando a custar menos de US$ 5.000 quando pedido online.

Talvez 10.000 pacientes tenham sido sequenciados no ano passado. Nesse ano, pode ser 100.000 e logo um milhão. A sequência de genoma poderia ter o custo de um exame de sangue.

Ele diz que o desafio aqui é fazer com que os dados façam sentido e as informações levem à ação sem que oprima o paciente ou o médico.

“Acho que precisamos fazer planilhas como as dos pilotos de caça. Os dados seriam medidos por meio de sensores onipresentes, como os feitos pela GreenGoose e Microsoft Kinect, que pode medir a atividade pela casa. Seria como ter dicas de que algo não estava indo bem, e que é melhor buscar ajuda ou então te guiar para a terapia apropriada”.

Impressão 3D

A impressão 3D está no mercado já há um tempo, mas é aplicada na medicina como por exemplo escanear o restante da perna de um paciente que a teve amputada. É possível então construir uma prótese com o tamanho correspondente. A impressão 3D é a integração com o rápido desenvolvimento das células tronco e medicina regenerativa, com a tinta 3D sendo substituída por células tronco. No futuro, é provável que usemos impressão 3D e células tronco para formarmos arquivos e peças de reposição. Essa atividade vai começar com tecidos simples e eventualmente vamos imprimir órgãos.

Rede Social de Saúde

As redes sociais têm a habilidade de mudar nosso comportamento. Quando sua escala de peso é compartilhada com seus amigos, você recebe congratulações pelo sucesso e pressão, se não se manter na dieta. Redes sociais também podem ter grande poder no rastreio e previsão de doenças. James Fowler, coautor do livro Connected, agora trabalha com o Facebook para analisar dados de saúde. Não é de surpreender que quanto mais amigos você tenha, mais cedo pega a gripe na época de contágio. Esse recurso pode ajudar a prevenir que você pegue a gripe e os passos para evitá-la.

Na era do Facebook, com as pessoas mais abertas ao compartilhamento de informações de saúde, seus históricos serão compartilhados por meio de serviços como o Patients Like Me e Cure Together , por pacientes com problemas similares. Isso permitirá a melhoria nos testes clínicos.

Comunicação com médicos

Novas plataformas de comunicação similares ao Skype e FaceTime irão ajudar com a comunicação entre médicos e pacientes. Muito desse recurso já existe. O desafio geralmente não é a tecnologia em si, mas os mercados de regulamentação e de reembolso. Se houver conversa com um médico por meio do iPhone, é preciso que seja protegida pelo HIPAA. Os médicos também terão que ser pagos de alguma maneira. Não atenderão sua chamada para tratar de um soluço ou olhar fotos de alergias a menos que recebam por isso.

As regras do sistema precisam se adaptar para se tornar Accountable Care Organizations, que recompensam médicos e planos de saúde par manter os pacientes saudáveis em vez de pagar a mais por procedimentos extras realizados.

Mobilidade

A capacidade de ter o telefone conectado ao registro de saúde e acompanhar as métricas médicas terá vastas repercussões. Embora alguns não sejam liberados para venda nos Estados Unidos, dispositivos como o eletrocardiograma Alivecor podem monitorar seu coração em tempo real, enviar os dados para a nuvem e permitir que seu cardiologista os analise instantaneamente. Outros dispositivos transformam telefones em otoscópio, para examinar seu ouvido ou medidores de glicose.

Autodispositivos como o Fitbit, Jawbone UP, e outros, permitirão que terapias sejam mais eficazes do que levar os dados anotados em um pedaço de papel.

Eventualmente esses dispositivos irão realizar o equivalente ao tricorder da Star Trek que desempenha uma série de funções médicas. Aliás, há um XPrize no valor de US$10 milhões proposto para recompensar o inventor no primeiro tricorder funcional.

Infelizmente, as regras do sistema e o desinteresse dos Estados Unidos está afastando a inovação. Muito do trabalho com uso de telefones móveis na área de saúde está sendo feito na África e Índia. Os Estados Unidos precisa encontrar uma maneira de resolver seus problemas de regulamentação, caso contrário, o emprego e a renda destinada a esses recursos irão para o exterior.

Fonte: Josh Constine – Tech Crunch



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