quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Custos de planos individuais aumentam em 15,4%

Dado relativo à 2012 supera em quase três vezes o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mesmo período, que foi de 5,4%

Os custos médico-hospitalares dos planos de saúde individuais registraram aumento de 15,4% no ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10/09) pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Trata-se da maior alta apurada desde 2007, quando o levantamento começou a ser realizado.

A principal causa do aumento deveu-se à alta no valor dos materiais e medicamentos usados em internações hospitalares.

O IESS destaca, porém, que começa a ser sentida uma tendência de estabilização neste tipo de custo. Exames, consultas e terapias respondem por 16%, 9% e 5% dos gastos das operadoras, respectivamente.

Entre os fatores que explicam a elevação dos gastos está o envelhecimento da população, uma vez que os idosos recorrem a serviços de saúde com mais frequência. A maior utilização dos serviços, além da alta de preços de produtos associados aos procedimentos de saúde, contribui para a elevação do índice de Variação do Custo Médico Hospitalar (VCMH). O dado supera em quase três vezes o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mesmo período, que foi de 5,4%.

O IESS identificou um crescimento de 2,6% no total de beneficiários com 59 anos ou mais. Outro grupo com forte demanda por serviços de saúde é o de pessoas com 0 a 18 anos e houve um crescimento de 3,1% de beneficiários nesta faixa de idade.

Há cerca de 10 milhões de planos de saúde individuais no país, o equivalente a cerca de 20% do setor. Neste ano, o reajuste concedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para essa modalidade foi de 9%. Por conta do descasamento entre o aumento dos custos e o reajuste autorizado pela ANS, várias operadoras estão deixando de vender planos individuais. Há cerca de dois meses, a Amil e a Golden Cross interromperam sua atuação nesse segmento.

Por Saúde Web

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