Os dispositivos móveis têm se
tornado uma ferramenta indispensável aos profissionais de saúde. A
dificuldade está em garantir que sua utilização seja feita de forma
segura e adequada
Úteis para prescrever medicamentos, verificar histórico do paciente,
interações medicamentosas, agendamentos, visualizar exames, entre
outros, os dispositivos móveis estão rapidamente sendo inseridos no dia a
dia dos hospitais e clínicas. As vendas de dispositivos como tablets,
por exemplo, aumentaram cerca de 62% entre 2011 e 2012, segundo recente
pesquisa da Manhattan Research nos países emergentes.
O levantamento constatou que 38% dos médicos usam algum aplicativo
médico diariamente e que 84% do tráfego móvel de dados dentro do
ambiente hospitalar está sendo gerado por aplicativos e não por e-mail,
nem browser. Entretanto, o estudo também mostrou que nenhuma instituição
de saúde tem conhecimento de quais aplicações estão sendo usadas.
Com 5 mil instalações em 30 dias, somente em aparelhos Androids, o
aplicativo Medscape é exemplo de sucesso. A ferramenta provê acesso a
conteúdos científicos, notícias do setor, congressos, cursos, catálogo
de medicamentos, incluindo posologia, composição, efeitos colaterais,
interações medicamentosas, de acordo com o tipo de especialidade e,
ainda, manuais de procedimentos. De acordo com o presidente da Enterasys
no Brasil, Reinaldo Opice, o FDA já regulamentou 75 aplicativos nos
Estados Unidos.
As redes sociais científicas são outro fenômeno que têm crescido e o
uso desses dispositivos se torna imprescindível para a rápida troca de
conhecimento entre os profissionais durante o trabalho. A comunidade
online Sermo, por exemplo, voltada exclusivamente para médicos, possui
125 mil usuários com apenas seis meses de existência.
Durante workshop sobre TI em Saúde do HCFMUSP, Opice, da Enterasys,
mostrou que o Centro Médico da Universidade de Chicago obteve economia
de tempo de três horas por dia em relação aos processos assistências
depois de distribuir iPads a seus residentes. Além da constatação de
diminuição de erros com medicação.
Segundo ele, a estabilidade da rede wireless que suporta o tráfego de
dados gerado pelo uso dos dispositivos é tida como um dos maiores
desafios para a TI. Além disso, o executivo ressaltou a importância de
se estabelecer mecanismos para identificar acessos indevidos às
informações dos pacientes, assim como registros na rede e garantir que
os recursos priorizem as aplicações que sejam críticas, como é o caso da
telemetria.
*Informações decorrentes do workshop sobre TI em Saúde do HCFMUSP, realizado no dia 27/06
Por Verena Souza
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