quinta-feira, 11 de julho de 2013

Padilha vai à Espanha divulgar programa Mais Médicos

Espanhóis criticam falta de informações sobre cidades a serem atendidas, mas não negam interesse. São 3,3 mil profissionais desempregados no país.


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está na Espanha para divulgar o Programa Mais Médicos. A iniciativa prevê a contratação de profissionais estrangeiros para atuar em municípios do interior e nas periferias de grandes cidades, caso as vagas abertas não sejam preenchidas por profissionais brasileiros.

Segundo Padilha, a viagem faz parte de missões programadas pelo governo brasileiro para fechar acordos de cooperação técnica com universidades e com os ministérios da Saúde da Espanha e de Portugal. “Esses dois países sinalizaram que tem muitos médicos brasileiros que querem voltar ao Brasil e médicos de lá que têm interesse em participar [do programa] e atender no Brasil por um período, na atenção básica na periferia das grandes cidades e nos municípios do interior”, disse o ministro.

No entanto, segundo o Conselho Geral do Colégio de Médicos da Espanha, ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo, os médicos espanhóis não são a solução para o problema da saúde brasileira. Apesar do interesse em mandar profissionais para o País, integrantes do conselho espanhol dizem que vão cobrar explicações detalhadas sobre as condições de trabalho nas unidades de saúde brasileiras.
A promoção do Programa Mais Médicos em território espanhol começou na quarta-feira (10) em Santiago de Compostela. Segundo Mozart Sales, secretário de gestão do trabalho do ministério que está no país, a expectativa é atrair 7 mil médicos estrangeiros. Estão previstos encontros em Barcelona, Madri e, depois, Lisboa, em Portugal.

Fernando Rivas, responsável do conselho espanhol pela negociação com a delegação brasileira, diz que os dados apresentados pelo Ministério da Saúde sobre a realidade brasileira são muito escassos, e que a falta de informação pode afugentar os profissionais espanhóis. Apesar disso, o salário de R$ 10 mil proposto foi considerado “bom”.

Segundo Rivas, por causa da crise econômica enfrentada pela Espanha, nos últimos 12 meses cerca de 2 mil médicos deixaram o país e 3,3 mil estão desempregados.

* com informações da Agência Brasil e do jornal O Estado de S. Paulo

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