Espanhóis criticam falta de
informações sobre cidades a serem atendidas, mas não negam interesse.
São 3,3 mil profissionais desempregados no país.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está na Espanha para divulgar
o Programa Mais Médicos. A iniciativa prevê a contratação de
profissionais estrangeiros para atuar em municípios do interior e nas
periferias de grandes cidades, caso as vagas abertas não sejam
preenchidas por profissionais brasileiros.
Segundo Padilha, a viagem faz parte de missões programadas pelo
governo brasileiro para fechar acordos de cooperação técnica com
universidades e com os ministérios da Saúde da Espanha e de Portugal.
“Esses dois países sinalizaram que tem muitos médicos brasileiros que
querem voltar ao Brasil e médicos de lá que têm interesse em participar
[do programa] e atender no Brasil por um período, na atenção básica na
periferia das grandes cidades e nos municípios do interior”, disse o
ministro.
No entanto, segundo o Conselho Geral do Colégio de Médicos da Espanha, ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo,
os médicos espanhóis não são a solução para o problema da saúde
brasileira. Apesar do interesse em mandar profissionais para o País,
integrantes do conselho espanhol dizem que vão cobrar explicações
detalhadas sobre as condições de trabalho nas unidades de saúde
brasileiras.
A promoção do Programa Mais Médicos em território espanhol começou na
quarta-feira (10) em Santiago de Compostela. Segundo Mozart Sales,
secretário de gestão do trabalho do ministério que está no país, a
expectativa é atrair 7 mil médicos estrangeiros. Estão previstos
encontros em Barcelona, Madri e, depois, Lisboa, em Portugal.
Fernando Rivas, responsável do conselho espanhol pela negociação com a
delegação brasileira, diz que os dados apresentados pelo Ministério da
Saúde sobre a realidade brasileira são muito escassos, e que a falta de
informação pode afugentar os profissionais espanhóis. Apesar disso, o
salário de R$ 10 mil proposto foi considerado “bom”.
Segundo Rivas, por causa da crise econômica enfrentada pela Espanha,
nos últimos 12 meses cerca de 2 mil médicos deixaram o país e 3,3 mil
estão desempregados.
* com informações da Agência Brasil e do jornal O Estado de S. Paulo
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